
Acho sem graça ser homem.

Seguido eu vejo passeadores de cães. Será que reparo neles porque tenho medo de cachorro e jamais conseguiria fazer isso? Não sei onde a moda começou, mas as pessoas daqui também estão se sensibilizando para tirar seus bichos de dentro de casa. Dar uma volta pelo bairro pra ver as gatinhas é uma boa. E a destreza para evitar que todas aquelas guias se enrosquem! Tomara que a cachorrada não resolva fazer suas necessidades ao mesmo tempo. Ou o contratante e o contratado combinam que isso não está incluído no pacote?
Decidi não buzinar mais no trânsito. Se eu não buzinar, é porque não me irritei tanto assim. E também não estou com tanta pressa. Consequentemente, não preciso ficar ansiosa. Daí, consigo prestar mais atenção na música. E entendo um trecho em inglês inteirinho. E vou mais devagar se, a uma quadra da agência, começar a tocar uma música que eu gosto.
Recebi uma dica preciosa de como ser uma boa sogra: boca fechada e bolsa aberta. Tá anotado. Mães de meninos, uni-vos!
Talvez esse post não faça o menor sentido para quem mora fora do Sul, lugar onde o termômetro despenca e nos obriga a dormir de meias. Aqui existe toda uma cultura do fogo, do vinho, da lareira, das conversas ao redor do fogão à lenha no interior.
Eu não colocaria uma dessas estantes lá em casa. Já o Alexandre Herchcovitch ia adorar a da caveira. O que me atrai é o objeto repensado. Isso abre muitas possibilidades. Quem disse que tudo precisa ser do jeito de sempre? 



Existem pais que não se preocupam se vão acordar ou não seus bebês. Corajosos!
Eu senti muita necessidade de dar alguma explicação para a professora do Fabio. Esses dias veio um desenho para terminar em casa. Sabe como é, última semana antes das férias, todo mundo na contagem regressiva e fazendo um desenho livre para relaxar.
É incrível como algumas brincadeiras, geralmente idiotas, passam de geração a geração e sobrevivem a todas as modernidades. O Bate-Fuca é uma delas. Em pleno século XXI, no auge na internet!! Essa brincadeira é mais velha que meu bisavô e tem uma única regra: ao enxergar um Fuca na rua, grite "Bate-Fuca!" e esmurre levemente o braço de alguém.
Ah, os homens! Não podem ver uma mulher bonita com pouca roupa que se derretem. Agora imagine umas dez modelos usando só calcinha e sutiã. Emoção, cutucadas, risadinhas e cochichos. Hoje os homens (ou seriam garotos?) do meu trabalho mal conseguiam disfarçar a euforia vendo fotos recém clicadas para um catálogo. Ganharam décimo terceiro mais PPR adiantado - eu acho até que eles deveriam pagar para escolher esse tipo de foto.
Eu trabalhei muito nesse fim de semana, coisas pra agência e pra mim. Mesmo assim, nada derruba a alegria que eu sinto quando é sábado e domingo. Deve ser porque faz muito tempo que eu não tiro férias. E preciso muito dessa parada estratégica pra respirar e relaxar. Só de saber que dá pra acordar mais tarde ou ficar de bobeira pela casa, sem fazer nada, já é uma delícia. Que venha o próximo, tomara que todinho pra mim.
Hoje meus pais estão completando 46 anos de casados. E se conheceram bem novinhos, então a soma aumenta consideravelmente. Fico impressionada como, sem querer, a gente repete o modelo que tem em casa. Também casei cedo e já estava com o Ricardo há um bom tempo. Duas histórias raras hoje em dia. Dois casais que se amam, acima de tudo. Parabéns, pai e mãe!!
Eu tenho tanta coisa pra fazer que nem sei por onde começar. O multiplicador do Calvin seria útil agora. Sorte que são coisas boas! Analisando o que sobrou do meu cérebro nesta quinta-feira, a melhor coisa a fazer é dormir. Amanhã é outro dia, com mais 24 horas.
Eu acho tão engraçado quando alguém dá seu cartão de visitas em uma reunião. O outro fica na obrigação de dar o seu também. Ou de explicar por que está sem cartão no momento. Mais estranho ainda é se essas pessoas acabaram de se cumprimentar com beijinho. Hellooo! As bochechas já estão íntimas, pra que a formalidade protocolar?
Estou com medo de acordar girino. Ou de criar membranas aquáticas entre os dedos. É tanta chuva que, se continuar assim, posso sofrer alguma mutação. Os azulejos suam com a umidade, isso só acontece no Sul. Os sapatos ficam o dia inteiro molhados, a barra da calça parece sarjeta, até o carpete tem rastros de pingos, o vidro embaça, o humor também. Caminhar na calçada é um campo minado. A gente nunca sabe quando vai pisar em uma lajota solta e respingar água suja até o joelho. Prezado São Pedro, preciso de sol pra tirar o mofo e secar por dentro. Só quem ganha com esse tempo horrível são os vendedores de guarda-chuva no centro da cidade. E o perigo de ter um olho furado por um apressado em dia de chuva?
Vem cá, você não acha que os acessórios também mandam bem na culinária e mudam o look de qualquer prato? Imagina uma massa basiquinha. Com lascas generosas de queijo ralado em cima, fica outro visual. Pensei em mais acessórios gastronômicos imprescindíveis: o orégano, a salsinha e até mesmo o velho catchup pra dar uma cor no hotdog de sempre. Há controvérsia sobre a salsinha, mas é como o nó que muitas mulheres dão no colar de pérolas e que não é unanimidade. Uma folha de manjericão dá um up nem qualquer produção. No quesito doce, os acessórios seguem com tudo. Olha o charme de granulados e castanhas no sorvete. Cheguei à essa brilhante conclusão da força dos acessórios na mesa analisando o modus operandis dos meus filhos. Apesar de homens, eles puxaram à mãe. Adoram um penduricalho em cima.
Sim, mas você vai gostar do motivo. Estou escrevendo para a Revista Nova!! E também vou escrever para a Revista Claudia!! Por enquanto, não posso contar mais n-a-d-a. Só que estou muito, muito feliz.
Esqueça as traições, elas não são as grandes culpadas por tantas separações entre os casais. Muitos relacionamentos são sabotados por coisinhas insignificantes do dia a dia, traças que vão roendo até abrir um buraco difícil de costurar: tampas de xampus abertas, jornais com os cadernos bagunçados, restos de unha no chão do quarto (ou no tapete limpo), pia lambuzada de creme de barba (ou com vestígios de esmalte, maquiagem, etc) e o mais grave de todos, o abajur ligado.
Um tio meu dizia uma frase digna dos sábios: "Assim como são as pessoas, são as criaturas". Ele era um grande conhecedor da espécie humana. Bichos educados, é o que somos. Quando menos se espera, nosso lado monstrengo salta pela boca, as mãos se fecham, os olhos faíscam, o sangue sobe, a gente vira bicho e quer morder. Perdemos a cabeça fácil. Pode ser no trânsito, quando buzinam atrás ou cortam a nossa frente. Pode ser com o pessoal do telemarketing. Ou também por uma causa mais nobre, quando vemos alguma injustiça ou safadeza acontecer.
E chega o dia em que você vai beijar seu filho e sente a barba dele espetar seu rosto. Como assim?!! É uma sensação estranha e engraçada ao mesmo tempo. Impossível não lembrar daquela mesma bochecha suja de maçã raspadinha.
Estar nas nuvens. Estar com quem a gente gosta. Estar em outro lugar, nem que seja mentalmente. Estar inspirada. Estar só, mas bem acompanha. Estar leve, acima de tudo.
Já reparou como as pessoas acham que essa palavra anula qualquer comentário inadequado, maldoso ou desencabido? Você está gorda... brincadeirinha! Amanhã eu vou ligar pro trabalho fingindo que tô doente... brincadeirinha! Odeio você... brincadeirinha! Essa roupa tem pra homem?... brincadeirinha. Existe a versão sem diminutivo, que não diminui em nada a intenção de se isentar da própria opinião. Adultos inventam subterfúgios quando querem falar o que pensam sem se comprometer - é só tascar logo depois da frase o "brincadeirinha", acompanhado ou não de uma risada forçada.
Eu não vou entrar no mérito se eles merecem ter um dia ou não. Também não vou perguntar quem inventou essa data esdrúxula (O Boticário?). Como sou uma mulher educada, fica aqui o meu abraço.
Do pouco que lembro do início da minha vida escolar, está o tombo grosseiro que levei numa chegada ao colégio, tendo que voltar pra casa porque a meia-calça tinha rasgado (vaidosa desde sempre). Tombos ridículos, tenho vários pra recordar. Só que a lembrança mais forte de todas é da professora que não deixava a gente andar de balanço porque era perigoso demais.
Eu queria ter uma escada exatamente assim em casa, com essa madeira antiguinha e tudo. Para sentar em um degrau aleatório, pegar um livro e ficar por ali. Uma escada-sofá, entendeu? Na companhia de um janelão pra ter luz do sol.
Eu fico louca com a papelada que os bancos mandam pra casa da gente. Ainda mais agora, que fui obrigada a abrir duas novas contas em um novo banco. Só de confirmação de endereço, eu recebi CINCO correspondências! E mais uma com a senha da conta, e outra com a senha do cartão, e outra com a senha da internet. Isso para cada uma das contas, veja bem. Por que eles não enviam um único papel (ou e-mail) com todas as informações organizadinhas? Assim economiza a minha paciência e a coitada da natureza. Aliás, que destino cruel uma árvore morrer pra virar carta-senha. Depois os bancos vêm com aquele papinho de que a tecnologia facilita tudo. Sim, facilita. Quer dizer, se você conseguir se desvencilhar da papelada bancária.
Tem programa mais indígena do que ouvir recados que deixaram pra você no Voicemail? Eu sempre acho que pode ser um caso de vida ou de morte e ouço - apesar de ficar muito irritada. E sempre juro que foi a última vez que acionei meu Voicemail.

A única coisa que deu errado foi a barriga roncando dos formandos. Se eles imaginaram que iriam comer tanto quanto nós, perceberam que a vida de cozinheiro é mais complicada.
(Crônica feita para o site do Bourbon Shopping)Em qualquer lugar do Brasil, o verão é previsível: quente, abafado, melecado, calorento. Já o inverno tem mais personalidade. Mais de uma, inclusive. Essa estação do ano é um prato cheio para uma junta psiquiátrica, tamanha é sua instabilidade emocional.
O inverno é tantos que deveria receber um nome específico em cada região. Enquanto o pessoal do Sul investe nas lareiras e estufas, os cariocas acham que uma quedinha na temperatura é motivo suficiente para tremer o queixo e se jogar na manga longa. Já a turma do Nordeste chama de inverno o vento e a chuva. Para eles, faz sentido. E nos outros Brasis? Cada um define do seu jeito essa estação maluca e se protege como achar melhor.
Para os amigos do Tocantins, eu explico: o inverno é basicamente nariz entupido. Constantemente. Irritantemente. Três longos meses fungando e monopolizando os lenços de papel das farmácias e supermercados. O espirro vira quase um cumprimento entre os alérgicos. A tosse seca acorda os vizinhos. Os resfriados são semanais, tipo a missa de domingo. As meias, luvas e cachecóis estão sempre na despensa, à la feijão e arroz. Pessoas de respeito vestem-se como uma cebola, somando diferentes camadas de roupas que serão retiradas e recolocadas ao longo do dia. Isso pode parecer um pouco esquizofrênico, mas culpe o inverno.
Mesmo assim, ele tem suas vantagens. Botas, por exemplo. Lindas, absurdas, poderosas. Perfeitas para usar com as meia-calças da moda. E casacos que mais parecem um abraço apertado. Se o termômetro cai, o jeito é abrir um vinho tinto para esquentar o coração. De noite, as camas e cobertores se transformam em bunkers protegidos. E tomara que seu pé gelado encontre um pé bem quentinho embaixo do lençol. Isso tudo em uma semana, porque na outra pode ter calorão inesperado. Mulheres, direto para a depilação! Esfria, esquenta, chove, esfria, esquenta. Haja saúde e guarda-roupa adequados.
Depois que a gente se acostuma com essas múltiplas personalidades, a vida segue seu ritmo. Tem uma coisa que eu acho uma delícia: em um dia típico de inverno, suspirar e dizer que você está louquinha de saudades do verão. A eterna insatisfação humana!
Todo mundo sabe que eu não sou muito amiga dos animais, faço fiasco, atravesso a rua, morro de medo. Mas sou mãe e sei reconhecer a dedicação e o cuidado que os adoradores de cães têm com seus filhos peludos.
Existe uma grande diferença entre ser bisbilhoteira e curiosa. Eu não posso ver uma fresta de porta aberta que já espicho os olhinhos lá pra dentro (defina você se isso é curiosidade ou bisbilhotagem - caso exista essa palavra).
Sexta-feira tem a festa de formatura do Ricardo no União Cooks. E como todo formando, ele está nervoso com a prova final: um jantarzinho básico para 500 pessoas. A turma é dividida em grupos de três, e cada grupo prepara um prato. Nós, os convidados, teremos 14 pratos para experimentar. Socorro! Possivelmente vou engordar tudo que já emagreci (o que não é quase nada, viu). Além de um homem destemido perante novas receitas, o Ricardo está se revelando um vidente. O prato deles é Camarão à Espanhola. Acho que vai ser o prato da Copa.
Das tantas coisas que falo e repito exaustivamente para meus filhos, eu gostaria que eles guardassem pelo menos um conselho: façam certo da primeira vez.
A morte dos outros sempre faz pensar na nossa própria morte. Eu, pelo menos, penso. Hoje morreu um cara muito querido no meio publicitário gaúcho, nós já fomos colegas e agora ele trabalhava aqui pertinho. Foi de uma hora pra outra, caminhando na rua. Fiquei sabendo pelo Twitter, que serve até pra anúncio fúnebre. O que mais comove é que o Xuri (ele era esquisitão como o nome) tinha menos de 30 anos. Na ordem natural das coisas, os velhinhos devem vir primeiro.
Agora inventaram a unha com efeito craquelado. É o esmalte Cracked da marca australiana BYS. Uma dica do www.juliapetit.com.br. E uma boa pra quem, como eu, vive lascando as unhas recém pintadas.
Passei a olhar com mais simpatia para os vendedores de jornal. Essa garota da foto é minha sobrinha Bia e o cenário é Dublin, na Irlanda. Aos 20 e tantos anos, a Bia está fazendo o que eu não fiz: um intercâmbio pra passar um pouquinho de trabalho. E olha que a vida dela já estava bem encaminhada profissionalmente por aqui. A fisioterapeuta Bia chutou o balde e foi embora. Em dois meses, já tem bastante história pra contar. Ela ainda trabalha em um pub e recentemente comprou um par de tênis pagando com um saco de moedas, só de gorjetas.
O mecânico do seguro até que chegou rápido. Pior foram os dois clichês: ficar sem bateria em plena segunda-feira de manhã e o carro ligar assim que o homem girou a chave. Tudo bem, isso acontece. E sempre nos pega de surpresa.
"Era sábado e estávamos convidados para o almoço de obrigação. Mas cada um de nós gostava demais de sábado para gastá-lo com quem não queríamos." (do conto A Repartição dos Pães)
Eu não acredito naquela verdade pronta que diz "Ninguém é insubstituível". O problema não é ser substituível ou não. É que a palavra ninguém é taxativa demais. E levemente arrogante.
Um colega meu dava gargalhadas e foi obrigado a compartilhar o motivo de tanta risada. Seguem as melhores, no total são 55 dicas. -Pergunte às pessoas de que sexo elas são. Ria histericamentedepois que elas responderem.
-Quando sair dinheiro do caixa eletrônico, grite.
-Na hora do jantar, anuncie para os seus filhos: "Devido à nossa situação econômica, teremos de mandar um de vocês embora".
Fonte: www.muitolegal.net