Muito verdadeiro esse vídeo. Só aumenta a nossa responsabilidade.
Dica da querida Lenice Zarth Carvalho
Se as mães falassem com voz de pato, será que os filhos entenderiam melhor? Ainda vou testar essa possibilidade, pra ver se aumenta meu poder de persuasão. Ou então as mães poderiam vir de fábrica com opcionais de vozes, uma pra cada necessidade, mas sempre vozes divertidas pra fazer algum efeito. Quer saber? Esse post é a prova de que a gente sempre acha que a culpa é nossa. Mas o que falta mesmo é vontade de ouvir.
Imagem: Ant Baena
Não entendo como tem gente que troca de carro, troca de roupa, troca de marido, troca de mulher, troca de cidade, troca de emprego, troca de casa, troca de sexo e não troca de esponja. A coitada se transforma numa experiência bioquímica perigosíssima, tamanha é a quantidade de bactérias que se alojam no seu corpinho frágil.
Andei sumida, mas por causa do trabalho. De saúde finalmente estou ótima. E como deu zebra na minha recuperação! O que posso dizer é o seguinte: o corpo humano é complexo e cheio de vontades. Tem seu tempo para se recuperar. Por isso é fundamental ter confiança absoluta no médico que você escolheu. Vocês vão ter que trabalhar em equipe caso precise.
Para mim, comprovante de residência é a nota do edredon que está na lavanderia (e demora tanto pra gente buscar, que o papel vira um origami dentro da bolsa). Também é o bilhetinho escrito às pressas "comprar café, papel higiênico, banana e pasta de dente". O post-it colado no visor do celular, lembrando de chamar urgente o encanador. Ou o pedaço de papel com aquela receita anotada de qualquer jeito, com muita probabilidade de estar faltando algum ingrediente. São esses comprovantes que dão veracidade a uma residência. Aliás, a palavra residência é formal demais para um lugar que tem tanto valor sentimental. Nenhum endereço impresso do lado de fora de uma correspondência pode validar tudo que acontece do lado de dentro da nossa casa. Por isso, da próxima vez que pedirem comprovante de residência, vou apresentar minha lista do supermercado. Ela, sim, é um documento valioso.
Acabei de ler uma matéria que comprova algo que vejo acontecer cada vez mais ao meu redor. Agora são os homens que pressionam as mulheres pra ter filho. Pedem, insistem, tentam negociar, fazem cara de pedinchões quando encontram bebês fofos na rua. As mulheres na faixa dos 30 não caem nessa conversa tchutchuquinha, não. Dizem com todas as letras algo que até então saía da boca dos homens: “não estou preparada”. Para tristeza deles, a gravidez é empurrada com a barriga em nome de mais uma viagem, curso ou promoção. E lá se vai a chance de trocar fralda e embalar sua própria cria. Essa postura feminina não é novidade, o que mudou foi o comportamento (às vezes desesperador) dos homens modernos. Eles, sim, estão ouvindo o relógio biológico. E assumem a vontade latente de exercer a paternidade. Parece que os novos homens vão ter que esperar um pouco mais para conseguirem ser os novos pais. Ou então, que sejam mais persuasivos no pedido.
E aqui estou eu, novamente em processo de recuperação. Em casa, bem quietinha, tentando colocar em prática duas palavras difíceis de administrar: REPOUSO + ABSOLUTO.
Crônica para o site do Bourbon Shopping