Falta muito pouco

Nesta sexta, eu entro em férias do trabalho. E no domingo bem cedinho, eu entro em férias de tudo. Durante quinze dias não vou me preocupar com as almofadas bagunçadas no sofá, com a hora pra acordar, se a janela ficou aberta, se tem edredon pra buscar na lavanderia, se tem jogo do Grêmio e o trânsito vai enlouquecer no bairro Menino Deus, se vem algum amigo dos guris e preciso comprar lanche. Aliás, não vou fazer supermercado, não vou voltar lá porque faltou pão, não vou pensar no cardápio da semana, não vou dirigir e nem abastecer o carro, não vou mandar o Rafa baixar o volume da TV, não vou reclamar que o Fabio deixou a luz acesa da sala ou não estendeu a toalha.

Antes que você pense que vou viajar sozinha, explico: vai toda a família. A rotina é que vai ficar em casa sozinha. Eu e meus três homens vamos pra Bahia, mais especificamente pra Morro de São Paulo, Salvador e Itaparica. Principalmente nessa última parada, no Club Med, não vou me preocupar nem com dinheiro, nem em escolher restaurante pra alimentar a turma. Nada, absolutamente nada.

Durante esses preciosos quinze dias, vou fazer uma rigorosa dieta de internet. Não vou entrar no Facebook e muito menos no Twitter. Não vou espiar quem está no bate-papo, quem mudou a foto do perfil, quem adicionou ou retuitou quem. Desculpe mas não vou compartilhar nada, talvez a sobremesa com o Ricardo se a consciência pesar. Também não vou atualizar o blog, por mais que isso doa. Vou desconectar geeeeeral. Ando viciada demais nesse mundo cyber, chega a ser compulsivo. Só vou levar um caderninho e uma caneta pra fazer o diário da viagem. Dali, na volta, vai render bastante assunto. Agora quem vai sofrer é a nossa câmera digital. Tirar toneladas de fotos é a maneira mais gostosa de prolongar as férias pra sempre.

Mas isso se eu conseguir fechar a mala.