7 de mai. de 2011

A força das marcas

Ele tem a mesma carinha amada desde o dia em que nasceu. Não mudou quase nada, sempre foi a cara do pai - um xerox sem toner, como eu gosto de dizer. Desnecessário fazer exame de DNA. Quem conhece o Ricardo, sabe. Até a mesma facilidade com matemática e física o danado tem. Eu ficava procurando algum traço meu, além do tom mais claro da pele. Talvez o branco do olho. Nada. Cada vez mais igual ao pai. Depois de 15 anos, apareceu.

O Rafa herdou a minha miopia. Desculpa aí, cara! A gente não escolhe essas coisas. Se pudesse escolher, eu reservaria pra ti o meu melhor. E te faria com as minhas bochechas, o meu nariz, o meu cabelo, o meu dedão do pé (o dedinho não), o meu formato de unha, o meu sinal nas costas. Igualzinho, de confundir e comentar: "nossa, nunca vi mãe e filho tão parecidos!

Digamos que a genética tinha duas marcas fortes pra misturar e privilegiou uma delas. Na hora de selecionar algum atributo meu, pegou justo a visão desfocada.

Sorte que o Rafa, como sempre, encarou tudo numa boa. E foi ajudado por outra marca assim que entrou na ótica. Além das pranchas de surf e roupas iradas, a Quicksilver fez o grande favor de criar armações descoladas. Nenhum moletom seria mais útil nesse inverno do que um óculos dessa marca.




(Não tenho foto do Rafa com óculos de grau. Como diria Lulu Santos, "ainda vai levar um tempo".)

2 comentários:

Alexandra Lopes Da Cunha disse...

ahaha!
Eu deixei de legado para as minhas filhas a renite alérgica. Chato, né?
Mas talvez ainda herdem a miopia também, já que eu sou fiquei míope aos quatorze.
bjs e feliz Dia das Mães!

Milene disse...

Também deixei minha rinite de herança pra minha filha. Mas o que realmente aborrece minha adolescente (ou será aborrescente hehehe) é o cabelo ondulado, que adora ficar rebelde nestes ventos de outono.
Felicidades e boa semana.