30 de set. de 2009

Os amanhãs

A gente gosta de postergar, adiar, se amarrar, deixar para um amanhã que nunca é 24 horas depois. Só pode ser isso. As coisas chatas, faz sentido: o regime, o banco, a revisão no dentista, a lavagem do carro, a porta que range (amanhã eu dou um jeito, com sorte no Dia de São Nunca).
Mas o que explica adiar as coisas boas? Os projetos, os desejos, os convites inesperados. Tem gente que passa anos adiando uma viagem, vê se pode. E não é por falta de dinheiro.
Sempre que adiamos algo, dá uma falsa sensação de ganhar tempo. Por isso o conceito Just do it da Nike é tão genial e atemporal - ele é uma voz interior, o empurrão que todo mundo precisa. Seja no esporte ou na vida.

A bisavó da mulher melancia

Será que o Photoshop já era cruel nessa época?

Serviço de utilidade pública

Só as fãs do vampirinho charmoso da série Crepúsculo não vão gostar dessa ideia.

29 de set. de 2009

Pauta cheia

Muito trabalho. Volto em breve.

25 de set. de 2009

O elo que se rompe

Eu AMO correntes. De pendurar no pescoço, não de passar adiante.
Quando leio a frase “mande essa mensagem para 15 amigos que você ama”, meu pescoço endurece e a única maneira de relaxar é sair correndo dali. Também faço isso com a caixa da correspondência lá do prédio - não tenho o hábito de abrir, esqueço, faço que não é comigo.
Então, aqui vai uma grande revelação: eu sou aquela pessoa que interrompe as suas correntes. É por minha causa que a troca de mensagens ou receitas via e-mail caiu 47% na última década. Você provavelmente deixou de receber de volta alguns trocados se mandou alguma corrente monetária pra mim. Desculpe, eu simplesmente não consigo. Falta de crença ou de tempo.
Corrente, só com um belo pingente. Essas, sim, são a minha perdição.

De novo?

Mais uma sexta-feira. E semana que vem já é outubro!!
A partir de agora, o calendário começa a acelerar. Segue a repetição dos dias e semanas, só que em fast. Quando a gente se dá conta, está comendo o peru do Natal e anotando mentalmente as resoluções para o próximo ano.
Por isso a importância de aproveitar bem cada dia. E inventar coisas novas nem que seja nos finais de semana, quando sobra um tempinho e o ânimo é outro. Um passeio diferente, uma conversa sobre outro assunto, um restaurante desconhecido, uma visita-surpresa.
Repetir o bom humor? Isso pode.

24 de set. de 2009

Mais sutilezas



Lembram do post sobre as sutilezas de um abajur? Achei nas dicas do Radar 55 o fotógrafo que tanto me inspirou. É o norueguês Rune Guneriussen. Ele fotografa objetos do cotidiano em cenários poderosos da natureza. E não faz manipulação nas fotos. É pura dedicação e sensibilidade. Quer mais? www.runeguneriussen.no

23 de set. de 2009

O poder da dúvida

Eu gosto do Talvez. Ele é sugestivo, cria expectativa, combina com reticências, abre possibilidades, ganha tempo. Talvez por que eu seja indecisa. Talvez por que eu tenha certeza absoluta de que preciso pensar mais antes de responder sim ou não.

Força!

Chame de dieta, reeducação alimentar ou vergonha na cara - como quiser. O fato é que ter o controle da situação é uma sensação deliciosa. Nunca gostei de calça saruel, mas ter o fundilho sobrando por esforço próprio é um alento.


Criatividade

Coco Chanel deve ter revirado no túmulo! Mas eu adorei. Enfim, Chanel ganhou as ruas. Pegue um saco de papel pardo, uma corrente, uma caneta e crie sua bolsa. Será que dá pra fazer uma clutch com um envelope de carta grande?

21 de set. de 2009

O dress code do make up

Maquiagem também veste uma mulher, e como. Agora que a moda está bege (ou nude) dá pra criar looks incríveis para o rosto. Um olho bem preto, uma boca marcante. Até as bochechas ganharam um guarda-roupa repleto de blushes. Tem pêssego, rosado, douradinho e (not for me) aplicação na diagonal, bem marcada, à la anos 80.
Não sei quanto a você, mas eu adoro olhar os tutoriais de maquiagem, sempre se aprende uma coisinha. O problema é repetir em casa. E ter eventos pra estrear o olhão poderoso.
Ontem comprei um batom cor de boca e, que decepção, ele é exatamente da cor da minha boca! Uma redundância, não acrescenta nada. Quero meu batom vermelho de volta.

Operando sob instrumentos

Segunda-feira já é um dia difícil, ainda mais com um sol absurdo lá fora.

18 de set. de 2009

Falta pouco

Um fim de semana bem relax pra você também!

Escapismo

Hoje é o dia!

16 de set. de 2009

Apetite, fome e outros fatores imponderáveis da vida

Por que a comida é relevante pra algumas pessoas e significa apenas subsistência para outras? Faço parte dos chamados bons de garfo. E de faca, colher de sopa, de sobremesa, chá e cafezinho (quem inventou essa nomenclatura também deve curtir umas colheradas a mais).
Falta de disciplina ou excesso de papilas gustativas? Meu palpite é que o cérebro atrapalha bastante. Ele é tão culpado quanto os genes. A gente vai almoçar rápido e os neurônios associam o molhinho do bife à infância, ativam lembranças, despertam sensações e.... nos levam a repetir o maldito molho - e pior, o arroz.
Você vai dizer que isso é discurso de gulosa, e está coberto de razão. Tão coberto quanto o pãozinho com geleia que ilustra esse post. É duro aceitar que tudo que é gostoso engorda. E olha que eu me dou superbem com as saladas.
Fora o comportamento irritante de quem "esquece de comer", tem a questão do caráter. Eu não confio em quem diz que não gosta de chocolate. Aliás, tomo isso como uma afronta. Não poder comer é uma coisa, cacau dá espinhas e ninguém quer ter cara de Chokito. Mas não gostar?! Como alguém não sente prazer em deixar derreter um pedacinho de Alpino na boca – bem diferente do que engolir a barra inteira.
Também antipatizo com quem não ama café da manhã, seja de hotel ou de casa mesmo. E fico com um pé atrás em relação à índole de pessoas que nunca pedem sobremesa em restaurante. Nunquinha? É economia de dinheiro ou de vida?
Você deve achar que sou comilona. Não sou, mas estou. Foi um inverno longo demais. Sendo assim, tomei (ops) uma decisão muito séria hoje cedo. E ainda estou digerindo (ui) o compromisso que assumi comigo mesma. No meu aniversário, dia 13 de outubro de 2009, eu vou ganhar de volta os jeans velhos que estão no guarda-roupa. Por favor, não faça olho gordo na minha força de vontade. Evite me convidar para encontros calóricos pois a carne (ai) é fraca. Entenda que é por uma causa justa – que logo vai ser folgadinha.

15 de set. de 2009

Tranqueiras

Tenho muita facilidade em me livrar de tranqueiras materiais. Passo adiante as roupas que não quero mais, os livros que não dizem mais nada, a planta que não vingou, os brinquedos que perderam o sentido. Às vezes até me arrependo, faz parte. Mas para que manter a bicharada de pelúcia empoeirando na prateleira, se os filhos já estão em outra fase? Tem que abrir espaço para o novo, por mais óbvio que seja. Se o ciclo fechou, tchauzinho. Passa a chave, desapega e segue em frente.
Com as coisas materiais, é fácil. Já se livrar das tranqueiras emocionais é complicado. É que nem tudo dá pra pegar na mão e enfiar no saco de lixo. A gente pensa que esvaziou bem as gavetas mas lá no fundo sobrou alguma porcaria – sem utilidade nenhuma, só pra tomar espaço da alma. Porém todavia contudo, chega o dia em que a gente consegue juntar essas tralhas e se livrar definitivamente.
Ontem eu enchi um telentulho enorme com tranqueiras emocionais. Encontrei uma turma que fez parte da minha vida e que deveria estar enterradinha lá no passado. Agora foi. Mantive o que ainda importa e me livrei de tudo que já não queria mesmo. Alívio indescritível! Foi um ano de terapia em uma hora, e eu só paguei o estacionamento. Ficou a lição, anote aí: os pontos finais a gente precisa escrever com pincel atômico, nunca com lápis ou caneta de ponta fina.

14 de set. de 2009

Ah, o espelho

É na frente do espelho que a verdade aparece. O filtro solar que você esqueceu de passar (durante anos), o novo fio de cabelo branco, a sobrancelha com falhas, o nariz torto, os dentes amarelados. Incrível como os defeitos chamam muito mais a nossa atenção do que as qualidades.
O confronto com o espelho é um exercício diário de aceitação. Aquela ali, goste ou não, é você. E são raras as mulheres que aprovam 100% (ou 80%, 70%, 60%, 50%) o que veem. É na frente do espelho que a gente se critica, se implica, se desdenha, se xinga, se derruba. E na grande maioria das vezes, nós reclamamos de barriga cheia (com ou sem pneuzinhos).
Hoje cedo, quando eu saí pra correr, passei por uma mulher com quase metade do rosto deformado por queimadura. Ela só tinha um olho, veja bem. E estava indo para o trabalho, corajosa, tocando a vida. Imagino quantos olhares de reprovação ela recebe ao longo do dia, tomara que eu não tenha feito o mesmo. O que essa mulher pensa quando se olha no espelho todo santo dia? Será que ela consegue escovar os dentes sem lembrar do acidente que aconteceu? Ou ela arrancou os espelhos da casa? Duvido.
Me senti pequenininha perto dela.

Inspiração para a segunda-feira

Quero que as coisas boas cheguem como ondas do mar, intensas, uma atrás da outra e com espuma branquinha, já que a vida é só uma. Meus braços estão abertos e os pés, firmes na areia. O biquíni está bem amarrado, não há o que temer.

11 de set. de 2009

Simples assim

from typcut.com/headup

9/11

Hoje não quero rever aquelas imagens horríveis das Torres Gêmeas explodindo. Quando estive em Nova Iorque depois do atentado, fiz questão de não visitar o Ground Zero. Preferi guardar como recordação a tarde incrível que passei no World Trade Center um ano antes da tragédia. Era como se tivesse um mapa gigante aberto embaixo da gente. Eu grudava o rosto no vidro e meu irmão, que vive em NY, apontava: “pra lá é New Jersey... pra cá é o Queens...”. Era tão bonito. Lembro direitinho de como eu me senti feliz lá em cima.
Agora li no New York Times sobre uma mãe contando a dificuldade de explicar para seu filho pequeno (e muçulmano) o que aconteceu no 11 de setembro. Criança sempre faz perguntas difíceis. Oito anos depois, prefiro acreditar que o mundo está se esforçando para melhorar. Nem que seja só um pouquinho.

Alice in Waterland




Elena Kalis é uma fotógrafa russa que mora nas Bahamas e adora fotografar seus filhos e amigos embaixo d´água. Essa série foi inspirada no hype de Alice no País das Maravilhas. Tem mais em http://www.elenakalis.com/

10 de set. de 2009

(suspiro)

Tem vestidos que são um sonho, tem mulheres que sonham com vestidos. É um caso de amor antigo. Eles nos deixam mais femininas, elegantes e decididas a... comprar mais vestidos!
Eu me apaixonei há pouco e já tem jeans fazendo ceninha de ciúmes dentro do meu guarda-roupa. No verão, quero usar muitos vestidos. Tem o lado prático: a gente se arruma rapidinho, não perde tempo testando combinações, colocou e pronto. E tem o lado sexy: quer coisa mais provocante do que pedir pra um homem abrir o zíper de um vestido?

Chove chuva

Chuva alaga as ruas, entope os bueiros, tumultua o trânsito, suja os vidros recém-limpos, avisa que eu ainda não mandei trocar a borrachinha do limpador de para-brisa. Mesmo assim, sou da turma que sabe apreciar um dia chuvoso.
Quando eu era pequena e reclamava, minha vó comemorava: “hoje as gramas e as árvores estão contentes!” Como eu iria discordar de um argumento tão doce? Minha vó se preocupava com o verde muito antes de inventarem a ecobag. E, através da previsão do tempo, me ensinava a não pensar só em mim.
Chuva também é boa pra quem não tem galhos ou raízes, acredite. Fique olhando os pingos caírem pra ver como acalma. E sempre sobra uma poça d´água pra alguém se divertir depois.

Uma boa chuvinha pra você!

9 de set. de 2009

Retrato da infância

Tenho dois irmãos maravilhosos. Mas quando eu vi essa foto, deu vontade de ter uma irmã.
Só para estar com ela nessa cena surreal. Nós e os coelhos. Poderia ter sido um sonho que uma contou para a outra na manhã seguinte. Ou férias bem malucas de verão, onde ninguém iria acreditar em tudo o que aconteceu. Reparou nos maiôs de moranguinho? E na luz de fim de tarde que bate sobre as duas? Eu consigo ouvir os risinhos. Se bem que, numa hora dessas, o silêncio fala mais.

8 de set. de 2009

Proteção

Rezei bastante nos últimos dias, e com convicção. Quando o sapato aperta, tem sempre alguém com mais fé do que a gente para lembrar que uma rezadinha não faz mal a ninguém. Pelo contrário, ajuda bastante. Não precisa ser uma oração oficial, pode ser uma conversa franca com o santo preferido. É bom saber que tem alguém olhando por nós.

4 de set. de 2009

Eu, a primavera e o site do Bourbon Shopping

Contagem regressiva para a primavera

Acho que já fui presidiária em outra vida. A-do-ro riscar os dias no calendário, como se ele fosse uma grande parede branca. No mês de setembro, essa parede ganha um colorido diferente. Inicia a contagem regressiva para um dos momentos mais gostosos do ano.
Mudanças de estação funcionam como ritos de passagem. Quando surge a primavera, é como se trocassem as nossas pilhas. A gente se sente energizada, pronta para aproveitar os dias mais longos e convidativos. Qualquer manhã bonita de sol desencadeia um festival de elogios. Difícil se concentrar no escritório com tanta vida acontecendo lá fora.
A primavera é uma musa inspiradora. Você já deve ter reparado que o céu não sossega e inventa novos tons, especialmente nos finais de tarde. Tudo fica mais bonito, até mesmo a rotina. No circuito casa-trabalho-casa, tem sempre uma árvore que floresceu, alguém andando de bicicleta, pessoas correndo no parque. Os problemas parecem menores, melhor guardar o drama para o próximo inverno. Primavera combina com comédia romântica, de preferência filmada em Paris.
Os sorrisos se repetem, os beijos são mais intensos. Os alérgicos ficam otimistas e juram que, desta vez, o pólen vai dar uma trégua. O sol torna as pessoas mais interessantes ou, no mínimo, mais sociáveis. O espírito é de liberdade, como um vestidinho leve e solto. As revistas de moda lançam edições caprichadas, as vitrines parecem canteiros perfumados para atrair abelhas - no caso, mulheres. A gente se despede das botas de cano alto e só pensa em sandálias novas (anote na agenda: marcar pé urgente). Os decotes voltam poderosos, loucos por um maxiacessório. Tudo é pretexto para mudar de bolsa, de perfume, de namorado. Imploramos por um feriado. Agora a tendência é pernas e braços de fora (devidamente hidratados, veja bem). Aproveite que o nude reina absoluto e assuma seu tom pálido. Não vai ser por muito tempo, logo sua pele vai adotar o bronze. E, quem sabe, um ousado biquíni neon.
Falando em tempo, seja tolerante com as inconstâncias da estação. Se pudesse, a garota da meteorologia só anunciaria dias ensolarados. Mas um vento exagerado e um friozinho tardio ainda podem nos surpreender. Relaxe. A primavera é o que nos resta de glamour antes que chegue o calor senegalesco do verão. Coloque flores no vaso e no guarda-roupa. Abra as janelas e o coração. Brinque de bem-me-quer, bem-me-quer.

3 de set. de 2009

Chá de sumiço

Queridos amigos, desculpem o sumiço. Sabem como é, a gente larga tudo pra cuidar de um filho. Minha segunda-feira começou agitada, com uma ligação do colégio. Podia ser o Padre Anchieta, mas foi a enfermeira. Agora está tudo bem, amanhã o Fabio recebe alta do hospital. No exato momento, o único problema dele é tédio profundo.
Foi outro susto gigantesco, resquício daquela batida na cabeça em maio. Ficamos "hospedados" de novo na maternidade e foi lá que eu me dei conta de algo muito bonito: as mães ganham seus filhos várias vezes na vida. Então era lá mesmo que eu deveria estar, na maternidade, cuidando do meu bebezão de 9 anos. Ganhando o mesmo filho de volta, sem parto mas com dor.
Volto depois do feriado, um grande beijo!