24 de fev. de 2010

Punta 1

O que faz uma viagem em família, para um lugar já visitado outras vezes, ser tão boa?
Antes de mais nada, a convivência forçada (no melhor sentido possível). No dia a dia, a gente pode estar perto, mas a cabeça de cada um corre para direções opostas. Numa viagem de férias, todos ficam com o mesmo foco: curtir junto. E muito! Parece que a vida real dá uma trégua.
Em segundo lugar, tem o comparativo. Punta não mudou tanto, mas a minha família sim. Eu diria que, na linha do tempo, estamos mandando bem. Dessa vez teve guri com barba e voz grossa, algo inédito na nossa bagagem pro Uruguai. E óculos pra leitura, que foi solenemente ignorado. E filtro solar mais alto, porque eu não vou dar a minha cara pro sol bater. Os quatro integrantes que pegaram a estrada em 2010 (e, como sempre, se empanturraram de bobagens no caminho) são versões melhoradas do passado, pessoas que cresceram por dentro e por fora. Isso conta mais do que qualquer bronzeado.
Essas viagens - ou fugas, como queira - são pequenas heranças que a gente vai dando em vida pros filhos, um valor emocional que soma fotos, descobertas, episódios engraçados, micos, frases que viram bordão e só a gente entende ou acha graça. Por mais que venham novos roteiros, Punta vai ser sempre especial. Uma coisa só nossa (apesar de lotada), um lugar que nos blinda. E é isso que uma família precisa.

Um comentário:

adriane disse...

magalita! concordo plenamente sobre viagens serem heranças para os filhos. minhas melhores lembranças de infância são de férias com minha família. não íamos pra punta, hehe, mas nos divertíamos muito acampando em osório, indo pra itajaí de fuca e por aí vai! beijos querida,