Um dia, será que as mulheres vão ficar 100% satisfeitas com seu cabelo? E se conseguirem essa façanha, qual a graça??
Os cabeleireiros sofrem com as nossas incertezas. Cabelo não é bainha de calça que a gente mede com fita métrica, marca com alfinete e experimenta de novo pra ter certeza que vai ficar bom. Cortar um dedinho é tão subjetivo – eu tenho vergonha de explicar que é um dedinho de criança etíope. Criador e criatura se olham na frente do espelho. Por mais confiança que a gente tenha, sempre é um momento delicado. E não convém brigar com quem empunha a tesoura.
Os cabeleireiros sofrem com as nossas incertezas. Cabelo não é bainha de calça que a gente mede com fita métrica, marca com alfinete e experimenta de novo pra ter certeza que vai ficar bom. Cortar um dedinho é tão subjetivo – eu tenho vergonha de explicar que é um dedinho de criança etíope. Criador e criatura se olham na frente do espelho. Por mais confiança que a gente tenha, sempre é um momento delicado. E não convém brigar com quem empunha a tesoura.
Deve ser frustrante para um profissional cheio das técnicas ouvir o clássico “corta só as pontinhas!”. É como um chef estrelado do Guia Michelin ter que preparar um miojo. Da mesma forma, deve ser um tédio passar a vida inteira com o mesmo corte, sem nunca arriscar umas tesouradas a mais.
Eu já fui curta, curtíssima, longa e agora estou média (entrei na onda da Gwyneth Patrow, com o cabelo na altura dos ombros). Também já fui lisa e de uns tempos para cá virei crespa – o dito cujo se autocacheou, como nos tempos em que eu era Magalizinha. Ano passado inventei de ser ruiva (meu sonho: o tom L´Oreal Julianne Moore). Não cheguei lá. Voltei a ser castanha, depois de uma breve passagem pelo preto urubu. E já penso em consultar a cartela de cor. Agradeço diariamente por ser uma mulher livre de secador e chapinha, só não consigo curar a minha dependência por leave-in. Sem ele, não saio de casa. O problema é acertar a dose exata pra não pesar. Numa escala de zero a dez, eu diria que quase nunca consigo. Os cachos têm vida própria.
3 comentários:
Ai, ai, mulheres e seus cabelos... duvido alguma que esteja 100% satisfeita com o seu. Ja escrevi lá no Garota um post sobre isso.
Beijos
Oi Magali, venho me manifestar pela primeira vez!!
Aquela, que a gente nunca esquece!
Eu posso dizer que já faz um tempo, fiz as pazes com meu cabelo... desisti de tentar fazer ele ser alguma coisa que não liso-escorrido.
Gosto de brincar com ele, deixar inteiro, muito comprido, com franja e repicadíssimo, com mechas ou na cor natural, mas todas essas mudanças não são feitas porque estou insatisfeita com ele, mas sim porque o meu estado de espírito necessita se expressar através dele, mas o principal, eu já não mudo mais, pois já entendi que cachos e meu cabelo são incompatíveis e que eu fico parecendo outra pessoa.
Assim como minha mão que tem vida própria com esmalte vermelho... não é minha. Mas aí esse já é outro assunto.
Pois eu tb não passo nem perto do secador e da chapinha. E não vivo sem meu leave-in e minha borrachinha. Meu cabelo tem vida e personalidade própria, e como gosto de gente assim, deixo ele livre pra mandar em mim.
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