Ontem, em questão de horas, tive a oportunidade de estar no palco e na plateia. E fiquei me perguntando se cometi os mesmos erros que as convidadas do “Fala Feminina”, debate de abertura da Semana da Arp.
Era fim do dia, estávamos no hotel Sheraton e até o prefeito apareceu. Apesar do ambiente chique e grande elenco (a atriz Marisa Orth, a publicitária Tetê Pacheco e as jornalistas Claudia Laitano, Saraí Schmidt e Claudia Giudice), fiquei chocada com a falta de traquejo ao microfone. Célia Ribeiro estava sentada na minha frente e, assim como eu, sacudia a cabeça consternada. O atraso de quase uma hora também merecia um puxão de orelha seu na próxima crônica sobre etiqueta.
Não é fácil falar em público, mas quem aceita o convite precisa se preparar. Em conteúdo, óbvio. E também na forma. Uma das mulheres falava rápido demais e num tom agressivo-passeata, tinha sérios problemas de dicção e – o pior dos piores – lia seu texto sem levantar os olhos para a plateia. Outra falava de modo calmo, porém com chiclé na boca. A que se expressava melhor pecou pela falta de novidade. Marisa Orth ganhou em empatia, mas estava deslocada. E Claudia Laitano, sempre tão inteligente, tentava amarrar as coisas.
Não é fácil falar em público, mas quem aceita o convite precisa se preparar. Em conteúdo, óbvio. E também na forma. Uma das mulheres falava rápido demais e num tom agressivo-passeata, tinha sérios problemas de dicção e – o pior dos piores – lia seu texto sem levantar os olhos para a plateia. Outra falava de modo calmo, porém com chiclé na boca. A que se expressava melhor pecou pela falta de novidade. Marisa Orth ganhou em empatia, mas estava deslocada. E Claudia Laitano, sempre tão inteligente, tentava amarrar as coisas.
Da minha parte, cometi a indelicadeza de sair antes do término. Desculpe, foi a frustração. A fala feminina é um assunto que me atrai muito, e me senti traída. Eu queria mais. Também falo rápido e com certeza já cometi muitas gafes de microfone. Lembrei de um curso que fiz há tempos na agência onde trabalhava. O professor filmava a gente falando sobre temas de improviso e depois assistíamos aos próprios erros. Era horrível se enxergar gesticulando demais, olhando só para um lado da plateia, gaguejando, botando a mão no bolso ou cabelo. Mas esse é o único jeito de melhorar a fala em público. Com feedback e coragem.
6 comentários:
Maga, assino embaixo. Também saí antes do fim, me frustrei. Expectativas demais, sei que tu entende. Foi decepcionante. Beijos
Tua sede de conhecimento é fácil de saciar. Ao invés embarcar na canoa furada de eventos picaretas como esse, vai até o You Tube e digita Café Filosófico. Pronto. Tem até um especial sobre mulheres.
Eu amo o Café Filosófico! Mas assisto na TV Cultura - canal 9 - nos domingos à noite.
Ninguém filmou o evento de ontem? Estranho, pois os celulares hoje filmam tudo, até filme de cinema. No próximo, leva um amigo pata te filmar, para quem está longe poder te ver.
Bjs
Estive presente no debate e achei tudo perfeito. O café, a sala de cinema, o filme e o debate. Inclusive quero deixar registrado uma dica: esta é a melhor sala de cinema de Porto Alegre e a casa e o café são um presente para pessoas de bom gosto!!
O anônimo aí de cima deve ser da organização do evento.
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