25 de out. de 2010

Quase lá

Agora eu dei para falar sozinha. No chuveiro. No elevador. No carro. Na frente do espelho eu evito porque é mais constrangedor. Estou treinando para as entrevistas, especialmente na Feira do Livro. A vantagem de se entrevistar é que a gente pode literalmente conduzir a conversa. Quem para ao meu lado no semáforo fechado jura que sou louca. Meu amigo, apenas ESTOU louquinha. Mas é de faceira, viu? É como se eu tivesse engolido fogos de artifício. Eles querem brilhar no céu da boca, dentro dos olhos, na corrente sanguínea.
A roupa está escolhida, o que é uma preocupação a menos. Tomara que até lá não nasça nenhuma espinha na ponta do nariz. E que o cabelo acorde bom. E que os amigos não faltem. E que a fila esteja grande. Pior que não posso começar a roer unha, imagina segurar a caneta com os dedos carcomidos.
Amanhã eu queria que já fosse quinta-feira.

3 comentários:

Márcia Gonçalves disse...

Vi a entrevista na TVE hoje, imagino a tua alegria de mostrar o novo filho ao mundo, se EU já fico toda feliz... Falta pouco agora! bjsss

Anônimo disse...

Acho que falar sozinha...
nem sempre é sinal de loucura...
acho que falar com as paredes...
pode salvar alguém da loucura...

Beijos
Leca

Gislaine Marques disse...

Boa sorte e muito sucesso, Maga! Vou estar contigo em pensamento e ganhar meu autógrafo mentalmente. ;-) Beijos com cheirinho de pastel de Belém.