22 de jun. de 2011

Old style


Estou numa fase vintage, me dei conta disso quando surrupiei da casa da minha mãe antigos livros de receita pra decorar a cozinha (o que, achou que era pra cozinhar?).
Folheando as páginas amareladas, voltou a rinite mas também a saudade. Encontrei duas relíquias: uma receita escrita à mão pela minha vó e outra receita ainda mais antiga, de uma tia que marcou a minha infância. Só não chorei porque estava espirrando feito louca.
A gente não pode voltar fisicamente ao passado, porém consegue resgatar parte dele e colocá-lo em um lugarzinho de honra. Já que agora existe genérico de madeira de demolição, fica difícil confiar na autenticidade das coisas. Ter em casa objetos que contam nossa história é um luxo. A memória afetiva rende ideias geniais de decoração, basta olhar com carinho para a linha do tempo. Da casa da praia que nem existe mais, resgatei um Cristo lindo que meu avô marceneiro entalhou na madeira (talvez muito antes de eu nascer). Precisei criar rugas para dar o devido valor a essa peça.
Hoje, seguindo uma dica das Duas Designers, descobri o I love old NY, que caiu feito uma luva de brechó. Eles registram o antigo que ainda teima em sobreviver. Eu me apaixonei pelas fotos da Itália, especialmente de Florença. Esse momento retrô comprova que já não acho tão ruim envelhecer. Desde que seja de uma forma digna, tanto para os móveis quanto para as pessoas.

Um comentário:

Milene disse...

Eu também acho bem legal esse resgate de objetos de família. Como cada um deles tem uma história, asim se mantém acesa a memória da família. Guardo em minha casa alguns livros e lindas louças antigas de minha avó que além de tudo ainda ficam ótimas para decoração.
Bjs