18 de mar. de 2011

Sempre ele

Ontem à noite participei de um talkshow aqui em Porto Alegre, no Clube União, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Foi divertido estar com a escritora Martha Medeiros e o poeta Fabrício Carpinejar, apesar do friozinho na barriga. Agora tenso foi dividir o palco com o microfone.
Por que ele sempre parece uma batata quente nas mãos? Dá vontade de jogar longe. Não que eu seja tímida, mas microfone é desconfortável, espeta, esquenta, lateja, pesa. Melhor seria falar gritando. Ou descaradamente recusá-lo, como fez uma pessoa da plateia ao fazer uma pergunta. Aliás, foi nessa hora que eu relaxei. Isso porque passei a dividir meu microfone com o Carpinejar. As mãos dele ajudaram a resfriar o metal. Quando percebi, o microfone ficou invisível. Ia de lá pra cá, levinho e prestativo.
Fazia muito tempo que eu não conversava com a Martha, tomara que a gente se reencontre por aí. O Carpinejar, em um só encontro, me ganhou. É querido, engraçado, inteligente, inesperado. Na saída, descemos juntos as escadas. Ele, mais apressado do que eu. Tinha que estudar com seu filho, que estava ansioso pra uma prova.
Martha, essa revolução silenciosa dos homens já nem é mais silenciosa. E é muito bem-vinda.



Foto: Flickr/ Cjcovell

Um comentário:

Alexandra Lopes Da Cunha disse...

E eu tava lá! Foi muito legal, bem divertido e tenho certeza de que vais angariar muitas fãs.
Agora, cá entre nós: tem umas ideias da Martha que não funcionam na vida real. Depois explico melhor, mas acho que existem critérios mínimos para que um relacionamento decole. Aceitar chinelice de paquera? sorry, Martha, mas não dá!
Cê tava um arraso!
bjs