20 de fev. de 2009

Sangue frio

Ontem eu tive que ser mãe no sentido mais forte possível da palavra. Na verdade eu queria a minha mãe. O problema é que o Rafa queria a dele. Meu filho fez uma cirurgia, nada grave. Mas teve anestesia geral, nervosismo, ansiedade e sangue, muito sangue. Já na sala de recuperação, quando a gente pensa que o pior passou, fomos pegos de surpresa por um ponto que inventou de romper. E com ele veio o tal do sangue.
Chegou uma hora em que o cirurgião de plantão achou melhor chamar o médico. Eu devia ter beijado aquele homem. Passado o susto, tarde da noite, tive a oportunidade de agradecer realmente. Aconteceu no meu turno com o Rafa. O Ricardo estava do lado de fora, eu poderia ter fraquejado e trocado de lugar. Minhas pernas amoleceram, sorte que o Rafa não notou. Na parte de cima do corpo, eu fui uma muralha. Quando vi, uma pequena sala de cirurgia se montou ao nosso redor. Cinco minutinhos e está tudo resolvido, disse o médico colocando as luvas. Não arredei o pé. Segurei a mão e o choro. Fiz tudo que um filho espera de uma mãe.

2 comentários:

Anônimo disse...

Magali, espero que esteja tudo bem contigo e com o teu filho.
Beijos

Gislaine Marques disse...

Uma situação bandida e uma mãe heroína. Tens que ter orgulho mesmo. O amor gigante já está mais que provado. Beijos e espero que todos estejam bem!