
24 de dez. de 2010
Fica a dica

Feliz Natal pra todos vocês!
Foto: Martha Steward
22 de dez. de 2010
Iniciando processo de despressurização

18 de dez. de 2010
Impecável digo eu


17 de dez. de 2010
Força na H20

Iustração: Gil Elvgren
14 de dez. de 2010
Partiu 2011

Em 31 de dezembro de 2009, eu tinha apenas uma coisa certa: um freelancer na Paim. Comecei dia 4 de janeiro, logo fui contratada, fiz novas amizades, voltei para o mercado de trabalho pela porta da frente e até ganhei prêmios! Publiquei o Diário De Uma Demitida, com o privilégio de ter o aval do Luis Fernando Verissimo. Continuei com o blog e consegui, além de leitores, mais amigos. Em março, entrei para o Pilates que eu tanto queria. Não perdi nenhuma aula e comecei a me cuidar mais. Consegui me dedicar ao trabalho e aos guris. Fui mãe e a profe do turno da noite. Vi o Rafa passar, não só de ano, como da minha altura (nos próximos 365 dias, o Fabio vai fazer o mesmo). Consegui almoçar em casa quase sempre, busquei no colégio, comprei lanche coletivo e presentinho de última hora, conversei sobre drogas, sexo, amigos e até cantei no Rock Band. Senti muito orgulho do meu marido chef de cozinha, que arrasou nos temperos e na segurança junto às panelas. Só não consegui fazer o Ricardo se estressar menos no trabalho. Sorte que a gente está com férias marcadas pra resolver essa questão - outra prova de que 2010 foi um ano redondinho. Depois da ralação vem o descanso merecido.
Esse eu queria ter feito
Eu não conhecia e adorei. Finalmente um comercial de carro sem estradas e curvas! E não sou só eu que curti, não. Esse foi 1 dos 10 dos comerciais mais vistos no You Tube em 2010. Os outros estão aqui
13 de dez. de 2010
O bom/mau velhinho

Que nada. Todo ano a gente segue a cartilha e não inova nem um pouco. No máximo, troca a marca da compota de abacaxi. Deixa a criatividade para o Ano-Novo, se é que sobrou alguma. Esse é o ônus e o bônus do Natal. A previsibilidade dá um certo conforto, depois de um ano cheio de imprevistos. Sabemos que o peru e o sarrabulho estarão lá, mesmo que faltem pessoas na mesa.
Foto: FFFFound
10 de dez. de 2010
Sem apelidinhos infames

Imagem: FFFFound
A mi me encanta
9 de dez. de 2010
Are you ready?

-Na beira da praia, favor dar uma conferida na arcada dentária logo após saborear uma nutritiva espiga de milho.
-Ainda no segmento alimentício, lugar de camarão e pimentão é no prato. Não na orla marítima. Portanto, esbanje no protetor solar. Ninguém é obrigado a sentir dor só de olhar para corpos flamejantes.
-Já que estamos com areia no chinelo, cabe lembrar que som alto no auto é terminantemente proibido. Dançar pagode no calçadão depois da terceira cerveja, idem.
-Na piscina do condomínio, não repare nos vizinhos que engordaram. Você pode sofrer um atentado e ser encontrado sem vida dentro do tonel de lixo seco.
-Ainda no segmento condominial, chamar a parentada pra se banhar na piscina do prédio é covardia. Não pela água, que o cloro dá um jeito. É que parentes já bastam os nossos.
-Em casa, economize em comida mas nunca em ar condicionado. Os humanos se diferem dos animais por terem a oportunidade de administrar o próprio suor. E conta alta de luz é que nem IPTU, inevitável no verão.
-Falando nisso, evite as rodelas de suor. Apele para a indústria dermocosmética. Desnecessário sair por aí com dois frisbees embaixo dos braços.
-Casa de praia não é Carandiru. Evite a superlotação, procurando o hotel mais próximo. Até porque, com tanta gente dormindo no mesmo quarto, nem visita íntima vai rolar.
-Praticar esportes na beira-mar é saudável e energético, desde que se observe uma distância regulamentar das criaturas que gostariam de contemplar o oceano sem se preocupar com boladas e afins.
-Pior que biquíni (ou sunga) com lycra carcomida é guarda-sol (ou cadeirinha) com mofo de dez verões. Um mínimo de estética, praia não é museu a céu aberto.
-Evite os fungos, os mosquitos e os isopores. Principalmente os isopores.
-Quando você estiver deitadão na rede, lembre daquela rede onde compartilhar é tão lindo e deixe as outras pessoas da casa curtirem também um relax.
Seguindo essas dicas, o verão pode ter alguma dignidade.
Foto: Eduardo Hernandez
Projeto de vida

Foto: Etsy.com
8 de dez. de 2010
Para que passar tão rápido?


6 de dez. de 2010
Icônica

2 de dez. de 2010
Misery
Um videozinho do Maroon 5 com pegada sexy power pra essa quinta. Que mulher nunca quis ter esse poder? E essa cinturinha desgraçadamente perfeita? Curte aí.
1 de dez. de 2010
Fácil, fácil

Não conheço cachorro dependente químico de celular, por exemplo. Nunca ouvi falar de gato que leve trabalho pra casa ou passe vergonha se o cartão de crédito foi recusado na fila do supermercado. Uma tartaruga caseira também não precisa se preocupar se os tartaruguinhos estudaram para a prova. Talvez um hamster de apartamento tenha que explicar por que fugiu da gaiola e acabou assustando a vizinha - o que é um momento ínfimo de stress, depois é só seguir fazendo o que os hamsters fazem (não tenho ideia do que seja).
Ilustração: FFFFound
Suspense old school

Eu desconfio o porquê. É que a vida do lado de fora do cinema ficou bem mais apavorante. Basta um semáforo fechado, um marginal e um vidro aberto pra gente levar um susto horripilante. Crianças? Tomara que elas não estejam no carro presenciando a cena. E que alguém assuma o papel do roteirista tentando explicar o que está acontecendo com a realidade. Eu só tenho uma pergunta a fazer: cadê o meu dublê?
29 de nov. de 2010
Inteligência e observação

Listinha pro amigo-secreto



-Onde foi parar nosso tempo?, de Alberto Villas.
-Intimidade, com artigos da antropóloga Mirian Goldenberg.
-A psicanálise na Terra do Nunca, do casal Diana e Mario Corso.
Game over?

Sábado, mais uma vez, fui sozinha em um aniversário de criança. Tentei arrastar o Fabio, nem ele me acompanhou. Ficou com o Rafa, seu mentor espiritual. Tudo bem, entendo como pessoa. Mas isso não impede que eu relute enquanto mãe. Eles começam a escapar pelos dedos feito água. É nessas horas que a gente percebe que o jogo virou, está virando a cada dia. Longe de ser um game over. O jeito é pedir o controle (ou joystick, como chamavam no meu tempo), sentar do lado e descobrir pra que servem aqueles botõezinhos.
"Vejamos o quadro desde os olhos do jovem: ele ainda é parte intrínseca da cena daquela família, partilha intimidades, cheiros, ruídos, que são seus, que são seu eu. Bruscamente aquilo tudo começa a soar, cheirar e parecer diferente. A súbita visão daquilo que antes era invisível na sua obviedade cria um sentimento de exterioridade. A intimidade não é mais dele, mas ele ainda é obrigado a frequentá-la. O silêncio e o nojo são sinais do constrangimento. As distâncias físicas desapareceram, seus pais tem seu tamanho, ou são menores: olhos nos olhos destes, descobrem que são feitos de carne e osso. Descobrem-nos cheios dos caprichos próprios da neurose, que se amam com os limites do amor que substituiu a paixão, que sua sabedoria muitas vezes não foi suficiente para lhes solucionar a vida. Enfim, são pobres diabos atrapalhados."
Foto: FFFound
23 de nov. de 2010
Achei elegante demais

Essa foto é praticamente um mini conto. Dá pra imaginar a história toda.
Foto: FFFFound
Com que roupa eu vou?

19 de nov. de 2010
Enfim, sexta

18 de nov. de 2010
Uma súplica

Eu já tinha reparado nos restaurantes. Eles estão por toda a parte, em almoços de família ou da firma. Marmanjos que insistem em não grudar os lábios enquanto saboreiam a refeição. Ah se eu tenho uma cola Superbonder dentro da bolsa! Se já é nojento conversar com alguém que tem um pé de alface preso no dente, imagine sentar na frente de um cidadão que mastiga ao ar livre? É um BBB de saliva, e eu me nego a assistir.
Esse assunto estava entalado na minha garganta até hoje. No fim do dia, parei o carro ao lado de um taxista que mastigava seu sanduba com o bocão mais aberto que burado em estrada. E, pra completar a desgraça, acho que ele não tinha dentes. Havia um Grand Cannyon entre o bigode e o queixo. Engoli em seco e acelerei.
Imagem: adclassix.com
Férias = Prazer

Excesso de bagagem pesa o ano inteiro no cartão de crédito. E nada de ficar xeretando sites de hotéis maravilhosos e caríssimos. Você vai se sentir mais pobre do que realmente é. Alguma hora, você fazer as contas e cair na real - se viajou demais no estrelismo, ferrou! Vai ficar frustrada justo nas suas férias. E isso não é justo pra quem ralou o ano inteiro esperando esse momento tão valioso.
Tenha em mente que uma mala "pousadinha charmosa" é diferente da mala "resort all inclusive", que é beeeeem diferente da mala "Plaza 5th Avenue". Antes de entrar no avião, primeiro é recomendável que a gente tenha os pés no chão. Depois, é só diversão. Ih, rimou.
17 de nov. de 2010
Quando o corpo não obedece

16 de nov. de 2010
O tapetinho do banheiro

O que eu não sinto falta do passado

-A vida sem internet. Meu Deus do céu, como a gente conseguia viver sem o Google e tudo mais?
-A vida sem Vanish. Sofro só de imaginar o dia a dia da minha mãe com três crianças em casa, sem esse poderoso tirador de manchas.
-A moda anos 80, que os fashinistas insistem em trazer de volta.
-Farmácias sem telentrega.
-As frigideiras que não eram antiaderente.
-Minhas inseguranças. Eu poderia citar em ordem alfabética mas vou poupar você.
A lista é enorme. Faça a sua.
13 de nov. de 2010
Libertador

Claro que Emma estava se referindo à personagem Hermione. Mas não é só isso. Qualquer mulher que tem a coragem de cortar radicalmente o cabelo sabe que está desafiando a própria feminilidade. Se consegue se sentir linda e poderosa após a tosa, é realmente uma conquista. Como quem troca o cigarro por balas, as neo curtas se viciam em brincos maiores, em maquiagem mais ousada, em golas imensas. Fuga ou não, funciona como uma lei da compensação. Até o dia em que a genética fala mais alto.
Isso porque mulher, com raríssimas exceções, tem dependência capilar. E desenvolve com seus fios uma relação de amor e ódio. Lava, alisa, enrola, protege, procura pontas duplas, sofre para cortar as pontinhas, testa milhares de produtos como quem mima um filho até estragá-lo de vez. Dedica tempo, amor e dinheiro à cabeleira.
Para mim, cabelo curto é um item já riscado da listinha "Coisas pra experimentar na vida". Eu cortava cada vez mais curto e adorava. Depois o efeito libertador evaporou e comecei a deixar o cabelo crescer. Nunca mais, jurei de pé junto, para alegria do Ricardo que sempre destestou minha fase Joãozinho.
Tirando o cabelo insuportável da Mayana Moura, eu admiro mulheres de cabelo curto. É um ato de superioridade, com certeza.
12 de nov. de 2010
Essa Feira do Livro foi genial




Pensamentos natalinos
A gente sabe que dezembro está perto quando as vitrines das lojas ganham as primeiras luzes e enfeites de Natal. Um pinheirinho circulando pelo shopping fora de época é como uma mulher branquela de biquíni em início de veraneio à beira-mar. Chama a atenção, mas é só dar alguns dias para que o bronzeado e o espírito de Natal incorporem.
Passado o susto e a tradicional constatação de que o ano voou, nosso cérebro começa a identificar mais e mais inputs natalinos. Tem algumas pessoas que rejeitam a antecipação dos fatos, outras curtem e já querem armar o amigo-secreto na primeira oportunidade em que a família estiver reunida. Natal é celebração. E quem não gosta de uma boa festa?
Particularmente, sou fã das luzinhas que invadem as fachadas. Luz nunca é demais, nossa casa pode ter dois meses de lua cheia. Eu admiro as pessoas que deixam as luzinhas instaladas o ano inteiro. Praticidade, talvez. Preguiça, quem sabe. Porém é só ligar o interruptor para criar um Natal em pleno julho.
Se eu fosse você, guardava uma horinha do próximo sábado para a desencaixotar a decoração do ano passado e fazer uma auditoria. As renas estão cansadas de guerra? Aposente-as e providencie um trenó 2.0. A árvore é a mesma desde o ano em que você casou? Compre lingeries novas – ops – enfeites novos. Pegue fitas glamurosas e enrosque nos galhos feito colar. Bolas douradas ou prateadas funcionam como acessórios que levantam o look de qualquer pinheirinho. Se a guirlanda da porta ficou quadrada dentro da caixa, essa é uma boa hora para reinventar a roda. O mesmo vale para a barba ralinha e os puidinhos do Papai Noel que ocupa o centro da mesa. O protagonista do Natal merece estar vestido à caráter. E quando a casa respira novidade, os moradores entram no clima.
Convenhamos, não tem como parar o tempo, a gente bem que gostaria de fazer esse truque. Então a saída é se juntar a ele, antecipando a alegria de reencontrar os amigos, abraçar a família e dizer Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Mas também não exagera que isso é assunto para outra crônica.
11 de nov. de 2010
Preciso urgente escrever outro livro





Hoje tem mais

Essas últimas semanas estão sendo maravilhosas. O nervosismo da primeira entrevista fica até engraçado agora. Tive a oportunidade de ser entrevistada várias vezes, inclusive hoje tem mais três antes da sessão de autógrafos às 19:30. Já chego tranquila, o Diário embaixo do braço, a conversa flui, dou risada. Isso não é exibimento, é alegria mesmo. Só eu sei o que significa ter lançado esse livro. E a quantidade de emails e mensagens que estou recebendo!! Devorar é o verbo mais usado pra descrever a leitura do Diário. Todo mundo se identificando, de um jeito ou de outro, com aquilo que vivi.
No lançamento da Saraiva, não trabalhei de tarde. Fiz um momento noiva: teve salão, pitstop em casa e um aquece com o Gigio (esse brinde tinha que ser com ele). Hoje vou direto do trabalho, mas com o mesmíssimo frio na barriga. Tomara que seja tão bacana quanto. Amigos, espero vocês na Feira do Livro.
8 de nov. de 2010
A psicopata dos cabides

Fica a dica

É só na minha casa, anos após a família estar devidamente instalada, que alguém pergunta onde fica o Alegrete? Ou Arizona, pra quem não é do Sul? E quando a gente mostra a prateleira certa, revelando onde o Alegrete sempre esteve nos últimos 4 anos, o que acontece? O cidadão faz cara de quem descobriu a América! Só falta querer tirar uma foto do ponto turístico.
Sutileza é pouco

E foi assim que o Fabio nos situou na linha do tempo. Na metade da história. Nem lembro que assunto a gente conversava. A frase recochiteou pelas paredes da cozinha e, como sempre, arrancou risadas. Pior é que o comentário não foi um elogio a tudo que eu e o Ricardo ainda temos pela frente. Foi tipo um alerta: a segunda parte passa mais rápido ou algo assim. Ribanceira abaixo, entende? Eu me senti um tanque de combustível pela metade. Ainda dá pra rodar muito, mas sab-se lá até quando.
6 de nov. de 2010
Inevitável

É chegada a hora

5 de nov. de 2010
Olho vivo

4 de nov. de 2010
Come e tranca

A Vavá, apelido instituído pelo primeiro neto (o Rafa) que virou seu codinome desde então, poderia simplesmente dizer pra gente guardar segredo. Sem drama e sem impacto.
Em vez disso, ela criou essa pérola. Uma livre associação com o aparelho digestivo. Um novo papel para os intestinos, que se transformam em guardiões. Reter nas entranhas, essa é a ideia. Causar uma proposital retenção anal em nome de algo que jamais pode ser revelado. Só mesmo uma mãe para ensinar o valor da discrição utilizando como figura de linguagem o alimento.
Vavá, garanto que tu nunca tinha pensado nisso. Esse é só um dos motivos porque eu te amo tanto.
Imagem: FFFFound