Pegando carona no post de ontem: se eu tivesse uma filha, provavelmente ela diria que quer ser blogueira de moda. Isso depois de olhar com piedade para a minha roupa. É a nova profissão no imaginário coletivo das mulheres, então logo esse comportamento vai refletir nas meninas. Foram as mães que ensinaram suas filhas a contar calorias, hoje em dia nem a Barbie pode comer um Chicabon em paz. Ser blogueira de moda, personal stylist ou qualquer variação do gênero é um jeito mais criativo (ou tão impositivo quanto) de lidar com as questões da beleza ideal. E teorizar sobre o que todas nós fazemos na prática: analisar os corpos alheios e a maneira encontrada de esconder imperfeições/valorizar o que é bom. Pior que as referências gringas de blogueiras de moda são mulheres charmosas, magras e altas como as modelos, sem falar que sempre são fotogradas com uma luz linda (maldito Sartorialist). Mais um padrão difícil de alcançar. Mas se não tivesse glamour, não gostaríamos tanto. O que vestir e como vestir é um assunto que rende pano pra manga. Eu, particularmente, não tenho cacife pra ser blogueira de moda, o que não me impede de acompanhar todos esses blogs.
Filhos e filhas são universos paralelos, cada um com os seus sonhos e profissões. Às vezes acho que só uma mulher nessa casa já é demais. Já em outras, sinto falta de ter uma das minhas por perto, dividindo os batons e cabides. Falta de irmã, isso sim. Mas nunca faltarão blogs.
Foto: Behance
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