Mulher tem mania de achar que é dotada de superpoderes. Isso é um tiro no escarpin. Olha a Dilma. Será que ela vai conseguir conciliar quimioterapia com candidatura à Presidência? Quem já acompanhou de perto um tratamento desses sabe o que eu tô falando. Já não bastam o mal estar, as dores, a insegurança, a inevitável peruca que derruba a autoestima, a próxima sessão marcada e o recomeço do calvário. Agora imagine tudo isso com um bando de políticos na cola. A dor nas pernas e o sorrisinho amarelo para os fotógrafos. A vontade de vomitar no meio de uma coletiva. Os bate-e-volta de avião. Todos fazendo campanha pra ela ir numa inauguração idiota com o batom impecável e o tom de voz tranquilo. Putz, e o catéter? Tem que ter muito amor ao poder pra aguentar firme. Eu chutava o balde, pendurava o tailleur no cabide e priorizava a saúde. O Brasil ia agradecer o bom exemplo.
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