26 de mai. de 2009

No momento, não posso falar

Quando a gente ouve a própria voz, ela soa tão estranha. Parece outra pessoa. Difícil se reconhecer e aceitar que a criatura esganiçada dizendo "deixe seu recado após o bip" é você mesma. Nessas horas, uma dor de garganta ajuda. Sim, aquela voz não é a sua. É muito melhor!! É você numa versão rouca e sensual. Faria bonito dublando uma atriz de filme pornô (ops, pode ter criança lendo!) ou aquela esquilinha que rouba a cena no trailler da Era do Gelo 3.
Metade de mim quer que o anti-inflamatório faça efeito logo e acabe essa função (junto com o charme, vem a tosse irritante). A outra metade, chegada num glamour, quer que o remédio esteja vencido e minhas cordas vocais sigam assim, provocantes. Deve ser ela que enche meu copo de água bem gelada. Nem precisa. Ainda é outono, com certeza eu tenho chance de ficar com essa voz poderosa de novo.

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