Cada vez que eu tomo café e sinto um gosto ruim na boca, faço a mesma pergunta: por que, ó Cristo, eu bebo isso?
Não me refiro ao delicioso espécime que vem com biscoito charmosinho no canto do pires - depois do almoço, coisa boa chamar o garçom e pedir um expresso junto com a conta. Também deixo de fora o cappuccino, que amo de paixão. Esse nasceu pra ser saboreado numa mesinha de rua, vendo o movimento passar, lambendo a espuma que ficou na colher e o chocolate que sobrou no fundo da xícara.
Eu falo do intragável café de firma. Ele é ruim como trabalhar numa sexta que todo mundo enforcou, menos a gente. É o que nos resta. Bebemos sem pensar, por força do hábito, da mesma forma que entortamos clips numa reunião. Distrai, só isso. É uma chupeta de adulto. A gente caminha pra lá e pra cá arrastando a xícara feito criança que segura seu paninho.
O café de firma não merece o cargo que tem. Ele geralmente chega mais tarde do que deveria, está sempre morno e, em alguns dias, consegue ter um gosto pior que a média da semana. Pode ser de copinho ou de caneca, de térmica ou de máquina. A verdade é que ele sempre deixa a desejar. E se beneficia do medo que o cérebro não pegue no tranco sem ele.
Bom mesmo é o aroma, que cria uma falsa expectativa (tipo dissídio). A gente bate ponto no café de firma pra ver se passa o tempo, se esquenta as mãos, se enrola o estômago (e o trabalho), se encontra alguém pra conversar. Não precisaria tomar tantos. Podia beber água, que pelo menos faz bem. Em casa, eu nem lembro que café existe - por que será, hein? Passo o fim de semana sem ele. Boto o pé no trabalho e a mãozinha treme, pedindo a bengala da cafeína.
Eu falo do intragável café de firma. Ele é ruim como trabalhar numa sexta que todo mundo enforcou, menos a gente. É o que nos resta. Bebemos sem pensar, por força do hábito, da mesma forma que entortamos clips numa reunião. Distrai, só isso. É uma chupeta de adulto. A gente caminha pra lá e pra cá arrastando a xícara feito criança que segura seu paninho.
O café de firma não merece o cargo que tem. Ele geralmente chega mais tarde do que deveria, está sempre morno e, em alguns dias, consegue ter um gosto pior que a média da semana. Pode ser de copinho ou de caneca, de térmica ou de máquina. A verdade é que ele sempre deixa a desejar. E se beneficia do medo que o cérebro não pegue no tranco sem ele.
Bom mesmo é o aroma, que cria uma falsa expectativa (tipo dissídio). A gente bate ponto no café de firma pra ver se passa o tempo, se esquenta as mãos, se enrola o estômago (e o trabalho), se encontra alguém pra conversar. Não precisaria tomar tantos. Podia beber água, que pelo menos faz bem. Em casa, eu nem lembro que café existe - por que será, hein? Passo o fim de semana sem ele. Boto o pé no trabalho e a mãozinha treme, pedindo a bengala da cafeína.
6 comentários:
pior do que tomar o café nesta sexta em que quase todo mundo tá de folga, foi o que eu fiz: tomar o café queimado que ficou parado na cafeteira desde de manhã...pela falta de consumo! hahahaha
Muito perfeito! Muito isso! Sou exatamente igual. Na minha casa nem lembro que ele existe, por isso nunca tem. Mas na firma... êta bengala! Um break mais que necessário, mesmo sendo ruim!
Beijão, Maga! E feliz dia dos namors!
Tens que ganhar do Momô uma chaleira elétrica e uma caixa de chá verde (ou de hibisco, ou branco) pra deixar na mesinha do escritório. So british...
Bjs
Noooooossa... eu sou igualzinha... os meus pais nem sabem que eu bebo café... rs
Eu adoro um bom café, saboreio bem, curto drinks de café e não passo um dia sem essa bebida mágica. Mas a bengala do café de firma é igual.
nossa isso é exatamente o que faço, pior, estou desempregada "temporariamente", fico em casa de manhã e vou bebendo aquele café horroroso que fica na cafeteira horas, só depois que bebo é que me dou conta como é ruim
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