10 de jun. de 2009

Coisa de mulher que pensa

Estou lendo um livro superbom: Coisa de mulher, de Laura Kipnis. Ela também escreveu Contra o amor, que vou comprar certo. Sempre quero mais de quem me surpreende.
Apesar do título mulherzinha, a abordagem é uma voadora no saco (ou nas trompas de Falópio, como preferir). O livro é um ensaio sobre a roubada que o mulherio se meteu desde que resolveu imitar a turma do terno e gravata. É dividido em quatro grandes temas - sexo, sujeira, inveja e vulnerabilidade. A leitura flui, parece uma conversa, bem como a gente gosta. O texto é levinho mas o assunto pesa. Entender a psique feminina não é bolinho. Em vez de culpar os homens pelas angústias atuais das mulheres, a autora nos bota contra a parede. E enfia o dedo na cara, com unha pintada e tudo.
Estou na parte da sujeira. Não me considero maníaca por limpeza, mesmo assim o primeiro parágrafo fez eu me enxergar (ridícula) examinando sujeira da sola de tênis. E tem mais, questiona Laura. "Quantos casamentos poderiam ter sido salvos por banheiros separados?" As mulheres estão sempre procurando alguma coisa, um fio de cabelo no chão, um algo a mais no relacionamento, no trabalho, na vida, na frente do espelho. E geralmente nem sabem direito o que é. Alguém aí se identificou?

9 comentários:

Clarissa Corrêa disse...

Clarissa levanta o dedo.
Bem alto.
Mas bem alto MESMO.

Clarissa Corrêa disse...

A gente procura alguma coisa, sempre. Talvez pra, ao achar, provar que eu-estava-certa.

Loucas.

Clarissa Corrêa disse...

Quero esse livro!
Tá, parei de comentar.
Ahahaha
Beijo, Maga

Krisley disse...

Isso tudo são coisas que todas sabemos, só não paramos pra analisar...

Garota Enxaqueca disse...

Levanto o meu dedo bem alto também. Eu vivo procurando alguma coisa que eu nem sei o que é. Vivo confabulando comigo mesma, criando teorias e hipóteses pra tudo. Deveria viver mais e pensar menos, essa é a real e acho que é nesse ponto que nos diferenciamos do sexo masculino. Ou alguém aí conhece algum homem que perde tempo pensando no relacionamento ou no que ta faltando na geladeira de casa?
E mais: acho que as grandes culpadas por essa roubada em que nos metemos somos nós mesmas e eu ja disse em algum post que escrevi no meu blog, que amaldiçoo pra sempre a infeliz que teve a idéia de queimar sutiã em praça pública pra exigir direitos e deveres iguais aos homens. Seríamos muito mais felizes se contiassemos em casa batendo bolo, cuidando das crianças e esperando nossos maridos com o jantar pronto.
Beijos

Cris Francioni disse...

Êta nós! Bem nosso tipinho queimar a mufa por tudo! Difícil controlar nosso cérebro e aquele músculo involuntário cantado pela Marisa Monte...
Sempre tem algo que podia estar melhor, pra não dizer váááárias coisas.
Avante, amigas! Terapia em grupo faz bem! :0)
Beijão, Maga. Esse teu papo mulherzinha na veia é pra lá de bom!

Fernanda Reali disse...

Não vou sossegar enquanto não ler! Acho que a autora fala de auto-sabotagem, não? Coisas que a gente faz para destruir a própria felicidade. Tô curiosa...

Ah, feliz dia dos namorados. Como eu não estou me auto-sabotando, o meu começouu muuuuuuito bem.
Bjs

Dieni disse...

Fiquei muito curiosa pra ler o livro. Já garanti o meu exemplar no site www.estantevirtual.com.br. Saiu por menos de R$ 18,00 com frete e tudo.

Dieni disse...

Ah e levanto o meu dedo tbm! Bjus