Hoje cedo vi máquinas de escrever. E em uso, acredite! Julho de 2009 e ainda existem ambientes com mais Olivettes do que computadores.
Cartório tem um pé nas cavernas: escrivaninhas velhas, carimbos, pastas, arquivos, carimbos, procurações, firmas reconhecidas, carimbos, certidões, saquinhos plásticos, carimbos. Os homens iniciavam o trabalho sentados numa espécie de produção em série. Um pegava o papel e conferia a assinatura, passava para o outro que carimbava e assinava, que passava para outro que colava uma etiqueta. Não dá para um só fazer todo o ciclo mais rápido? Entre uma passada e outra, eles davam uma enroladinha técnica, valorizando sua parte no processo. E minha procuração ali, parada no tempo.
Cartório tem um pé nas cavernas: escrivaninhas velhas, carimbos, pastas, arquivos, carimbos, procurações, firmas reconhecidas, carimbos, certidões, saquinhos plásticos, carimbos. Os homens iniciavam o trabalho sentados numa espécie de produção em série. Um pegava o papel e conferia a assinatura, passava para o outro que carimbava e assinava, que passava para outro que colava uma etiqueta. Não dá para um só fazer todo o ciclo mais rápido? Entre uma passada e outra, eles davam uma enroladinha técnica, valorizando sua parte no processo. E minha procuração ali, parada no tempo.
Fiquei analisando o microcosmo dos cartórios. Pensei na motivação de iniciar mais uma semana, nas conversas na hora do cafezinho, na festa da firma, na empolgação de ser promovido (um carimbo maior?). Dias absolutamente iguais – e muito, muito dinheiro em caixa.
Eu já tinha visto dinossauros no domingo, mas eles eram em 3D, ferozes e divertidos (recomendo A Era do Gelo 3). No cenário de hoje, não havia um verdinho pra dar vida. Ninguém abria o bocão e mostrava os dentes, nem que fosse pra morder a bolacha Maria do colega.
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