Me sinto vazia, cansada, sugada, sovada. Ainda estou no trabalho, mas só de corpo. Minha cabeça está em casa. As botas querem se ver livres dos meus pés. Os sonhos chegaram mais cedo e já me esperam no travesseiro. Meu cabelo pede para ser preso no alto, como sempre, rumo ao banho. Os ombros imploram por uma massagem, vai, só um pouquinho, isso... mais pra baixo... aí mesmo! Chego a sentir a água quente do chuveiro. Meus olhos gostariam de ver qualquer bobagem na TV, se eles tivessem condições de enxergar algo. Eu mordo o lábio por dentro, queria estar mordendo um croissant de queijo. E se eu baixar a luz da agência, fingir que é um abajur? Ouço as conversas lá de casa, o barulho dos guris, os carros passando na rua. Quero chamar o táxi, pagar o táxi, tirar a chave de dentro da bolsa e finalmente abrir a porta – assim eu abro o fim de semana que, de repente, parece tão longe.
Um comentário:
Que triste,que solitário. Que peninha. Em contraponto, tive uma tarde de coisas boas e diferentes, cheia de passeios, cheiros e cores interessantes.
Um abraço apertado e BOAS FÉRIAS!!!
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