Nunca escrevi sobre o pôr-do-sol, então se prepare que vai ser hoje.
Foi um dia difícil, daqueles de pegar a bolsinha e sumir do mapa. Esse céu absurdo de lindo que eu vejo aqui na janela é um alívio. Tem horas em que a gente precisa se render aos momentos bregas da vida. E não fui só eu, hein. Um colega até fotografou, de tão bonito.
O céu virou uma caixa de lápis gigante, mudando de cor a cada minuto. Ficou amarelo, depois deixou tudo dourado e agora tem tantos tons de rosa e laranja que eu não consigo tirar os olhos. Como a janela fica atrás de mim, viro de costas pra digitar uma frase e volto a olhar. Durou pouco. O sol encerrou o expediente de um jeito triunfal, tipo praça da apoteose. De saideira, sua sombra transformou o céu num lilás incrível. E ainda apareceu o tal do skyline, com todos os prédios pretos e recortados.
Desculpe a breguice poética mas, graças a ela, consegui relaxar. Eu queria que você estivesse aqui, vendo tudo isso comigo. Os braços apoiados na janela. Os olhos embasbacados. Sem dizer nada. O sol se foi, eu ainda vou demorar. Com tanta beleza, o que me tirou do sério perdeu a importância.
2 comentários:
Ai, Magali, quantas vezes eu tenho essa mesma sensação: de querer que as pessoas que eu gosto estejam comigo nos finais de tarde quando deixo Eldorado rumo a Porto Alegre e vejo pela janela do carro, as mais bonitas paisagens que se pode imaginar. O rio feito um espelho, o sol como uma bola de fogo se pondo lá no horizonte, a cidade iluminada pelos últimos raios alaranjados, as estrelas que começam a aparecer. Lindo, lindo, lindo. E relaxante. Beijos
Sou apaixonada pelo pôr-do-sol, é um momento de meditação, parece que consigo não pensar em nada quando o sol se põe. E depois, realmente, parece que tudo que estava nos encomodando evapora.
Bjos
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