Abriu a caixa de Bis e agora quero ver você comer um só. Não adianta descobrir como a caixa foi parar na sua frente, muito menos culpar alguém. Caixas foram feitas para serem abertas, é isso. Vai ver ela estava em cima da mesa há dias ou meses. Você é que só pensava em maçãs e nem lembrava mais do efeito que o cacau tem quando atinge a corrente sanguínea.
Um chocolatinho pode. Não pode?
O fato é que a caixa está na sua frente, abertinha da silva, e vai ser difícil resistir. Seus dedos mal conseguem se segurar. Em bom português, a dieta foi para o saco. Vinte chocolates – muito mais objetivos que você – aguardam a hora de pularem para dentro da sua boca e se derreterem todinhos. Simples assim. Uma espécie de suicídio coletivo por uma boa causa: a sua. É tudo uma questão de tempo. Esqueça a balança e a dieta imposta. Ou esqueça logo do dia em que você provou chocolate.
Enquanto a caixa de Bis estava fechada, existia o controle da situação. Melhor se ela estivesse a salvo na prateleira do supermercado – e um supermercado em um bairro afastado da cidade – mas já conversamos sobre isso nos parágrafos anteriores.
Apesar de saber que chocolates são por princípio uma tentação, antes havia uma barreira física e intransponível: o plástico da embalagem. Um plástico fininho, eu sei. Facilmente rasgado por dente, tesoura, faca e ainda por cima com aquela convidativa cordinha vermelha para puxar. Mas existia uma barreira. Graças a esse fino agrupamento de polímeros, as tentações de cacau se mantinham em um universo paralelo, inclusive isoladas acusticamente. Elas podiam gritar “estou aqui! estou aqui!” que você não ouvia nada.
Até que abriu a caixa de Bis. E deu vontade de comer tudo. Um atrás do outro. E lamber os dedos. E sujar a boca. Reconheça: você sempre gostou de Bis. De fazer com a embalagem aquele joguinho de come-não-come. De amassar os papeizinhos. De contar quantos ainda faltam para atacar. De brincar com a caixa depois. Agora vai resistir de que jeito?
Ainda é possível comer um só. No máximo dois. Quem sabe três. Numa visão otimista, por mais que três chocolates sejam devorados com papel e tudo, se você fechar a boca agora os outros dezessete serão poupados. Praticamente a caixa fica intacta. Dá até para colocar o plástico de novo no lugar e colar com durex. Mas, minha amiga, você vai ter que pegar o que sobrou e esconder bem longe dos seus olhos. No armário mais alto da casa. Atrás das roupas de inverno e das fotos amareladas.
Impossível. Abriu a caixa de Bis. O chocolate está novinho, faz croc quando morde e deixa um gostinho tão bom na boca. Antigamente era só Bis de chocolate preto. Para complicar, agora tem de chocolate branco, morango, laranja. Melhor comer tudo de uma vez e acabar logo com o assunto. Ou então se segurar, deixar a caixa dentro da gaveta mais próxima e comer aos pouquinhos, um a um, para aproveitar cada caloria ingerida.
Um chocolatinho pode. Não pode?
O fato é que a caixa está na sua frente, abertinha da silva, e vai ser difícil resistir. Seus dedos mal conseguem se segurar. Em bom português, a dieta foi para o saco. Vinte chocolates – muito mais objetivos que você – aguardam a hora de pularem para dentro da sua boca e se derreterem todinhos. Simples assim. Uma espécie de suicídio coletivo por uma boa causa: a sua. É tudo uma questão de tempo. Esqueça a balança e a dieta imposta. Ou esqueça logo do dia em que você provou chocolate.
Enquanto a caixa de Bis estava fechada, existia o controle da situação. Melhor se ela estivesse a salvo na prateleira do supermercado – e um supermercado em um bairro afastado da cidade – mas já conversamos sobre isso nos parágrafos anteriores.
Apesar de saber que chocolates são por princípio uma tentação, antes havia uma barreira física e intransponível: o plástico da embalagem. Um plástico fininho, eu sei. Facilmente rasgado por dente, tesoura, faca e ainda por cima com aquela convidativa cordinha vermelha para puxar. Mas existia uma barreira. Graças a esse fino agrupamento de polímeros, as tentações de cacau se mantinham em um universo paralelo, inclusive isoladas acusticamente. Elas podiam gritar “estou aqui! estou aqui!” que você não ouvia nada.
Até que abriu a caixa de Bis. E deu vontade de comer tudo. Um atrás do outro. E lamber os dedos. E sujar a boca. Reconheça: você sempre gostou de Bis. De fazer com a embalagem aquele joguinho de come-não-come. De amassar os papeizinhos. De contar quantos ainda faltam para atacar. De brincar com a caixa depois. Agora vai resistir de que jeito?
Ainda é possível comer um só. No máximo dois. Quem sabe três. Numa visão otimista, por mais que três chocolates sejam devorados com papel e tudo, se você fechar a boca agora os outros dezessete serão poupados. Praticamente a caixa fica intacta. Dá até para colocar o plástico de novo no lugar e colar com durex. Mas, minha amiga, você vai ter que pegar o que sobrou e esconder bem longe dos seus olhos. No armário mais alto da casa. Atrás das roupas de inverno e das fotos amareladas.
Impossível. Abriu a caixa de Bis. O chocolate está novinho, faz croc quando morde e deixa um gostinho tão bom na boca. Antigamente era só Bis de chocolate preto. Para complicar, agora tem de chocolate branco, morango, laranja. Melhor comer tudo de uma vez e acabar logo com o assunto. Ou então se segurar, deixar a caixa dentro da gaveta mais próxima e comer aos pouquinhos, um a um, para aproveitar cada caloria ingerida.
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