João olhou para o lado e não deu tempo de virar a cara. De uma hora para outra, sem poder evitar, viu o que não queria: o cofrinho do Tulio.
Justo o cofrinho do seu parceiro dos madrugadões no trabalho. O Tulio das idas na padaria. O Tulio que inventou dar nota para os peitos das estagiárias. O Tulio que descobria os melhores sites de sacanagem. O Tulio que emprestava ticket-restaurante quando os do João já tinham acabado.
Será que a amizade deles ia continuar a mesma? João fez que não viu mas o Tulio viu que ele viu. Ficou vermelho, tentou puxar a calça, não conseguiu. Levantou e foi tomar água. Um homem não precisa passar por esse tipo de constrangimento. Se fosse o cofrinho da Deise (peitos 7,5) que sempre vem com aquelas calças gostosas de cintura baixa, tudo bem. Mas cofrinho peludo era nojento. E, para piorar, o Tulio sentava embaixo de uma lâmpada fluorescente que iluminava até a marca da cueca.
Nunca mais João ia esquecer aquela visão do inferno. O cofrinho do Tulio! Eles não precisavam ter tanta intimidade assim. Por que o outro não sentava direito? Por que bunda de homem tem que ter espinha?
Tulio voltou com a água, se puxando todo. Quase deu um encontrão na Vanessa (peito esquerdo 9,1/peito direito 9,9). Cabeça baixa, fingindo que nada aconteceu. João também disfarçou porque não queria perder o amigo. E onde ele ia encontrar um goleiro tão bom?
-O ar-condicionado…
-Hã?
Não adiantou. João olhava para o Tulio e via um cofrinho gigante e peludo falando com ele.
-Não tá dando conta do calor.
-É.
Se os dois fossem mulher, teriam achado graça da situação e pronto. Mas homem não tem jeito para lidar com essas coisas. E agora, como os dois iam ficar pelados no vestiário depois do futebol?
Parece que Tulio leu os seus pensamentos.
-Não vou no jogo, cara.
Justo o cofrinho do seu parceiro dos madrugadões no trabalho. O Tulio das idas na padaria. O Tulio que inventou dar nota para os peitos das estagiárias. O Tulio que descobria os melhores sites de sacanagem. O Tulio que emprestava ticket-restaurante quando os do João já tinham acabado.
Será que a amizade deles ia continuar a mesma? João fez que não viu mas o Tulio viu que ele viu. Ficou vermelho, tentou puxar a calça, não conseguiu. Levantou e foi tomar água. Um homem não precisa passar por esse tipo de constrangimento. Se fosse o cofrinho da Deise (peitos 7,5) que sempre vem com aquelas calças gostosas de cintura baixa, tudo bem. Mas cofrinho peludo era nojento. E, para piorar, o Tulio sentava embaixo de uma lâmpada fluorescente que iluminava até a marca da cueca.
Nunca mais João ia esquecer aquela visão do inferno. O cofrinho do Tulio! Eles não precisavam ter tanta intimidade assim. Por que o outro não sentava direito? Por que bunda de homem tem que ter espinha?
Tulio voltou com a água, se puxando todo. Quase deu um encontrão na Vanessa (peito esquerdo 9,1/peito direito 9,9). Cabeça baixa, fingindo que nada aconteceu. João também disfarçou porque não queria perder o amigo. E onde ele ia encontrar um goleiro tão bom?
-O ar-condicionado…
-Hã?
Não adiantou. João olhava para o Tulio e via um cofrinho gigante e peludo falando com ele.
-Não tá dando conta do calor.
-É.
Se os dois fossem mulher, teriam achado graça da situação e pronto. Mas homem não tem jeito para lidar com essas coisas. E agora, como os dois iam ficar pelados no vestiário depois do futebol?
Parece que Tulio leu os seus pensamentos.
-Não vou no jogo, cara.
João achou melhor assim, ter um distanciamento técnico. Depois lembrou do Banha, do Ovo, do Lucio e de todo o time. Também decidiu ir para casa. Se enxergasse outro cofrinho hoje, não ia aguentar.
Um comentário:
Oi Magali, adorei. Aliás estou impressionada com a alta produção e com o teu humor. Um abraço
Karla
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