Entra verão, sai verão, elas se encontram. Mulheres de todas as idades, credos e classes sociais unidas por um ideal: um tecidinho leve e com franjinhas, providencialmente amarrado na cintura.
A Irmandade da Canga começou timidamente com uma veranista que sentiu falta de um algo a mais para se preservar à beira-mar. Intuitivamente, ela amarrou a toalha da mesa ao redor dos quadris e foi para a praia (o que talvez explique as estampas em 98% dos modelos). Graças a Deus a moda pegou, e hoje a Canga é uma conquista feminina, um antitop model com adeptas de Imbé a Jericoacoara, sem citar as ramificações espalhadas po todo o litoral brasileiro.
Não pense que usar Canga é demodê. Seu comprimento varia de ano para ano, acompanhando as tendências das passarelas internacionais. E se você prestar atenção, vai perceber que a Canga evoluiu muito. Atravessou dunas de areia e abriu caminho para o vestidinho, a sainha, o shortinho e outros inhos que ainda virão. Até a indústria do crochê foi revitalizada, criando novos empregos.
Marina Salgado, presidente da Irmandade da Canga, afirma que por mais que as mulheres criem variações sobre o mesmo tema, a Canga clássica sempre vai ter o seu lugar ao sol.
-É como o disco de vinil, que sobreviveu ao CD e hoje é cultuado por DJs e colecionadores.
Cacá, pertencente à ala mais radical da Irmandade, diz que a sua Canga é uma tatuagem de Henna, pois permanece no corpo durante o verão e sai depois.
-Nada como entrar no mar e sentir a Canga molhando e grudando nas coxas, as franjas fazendo aquela cosquinha gostosa (eu avisei que ela era da ala radical).
A Canga encoraja as mulheres a ir mais longe na caminhada à beira-mar, sem medo de encontrar conhecidos ou colegas de trabalho.
-É impressionante como um pedaço de pano pode dar tanta autoconfiança e liberdade às mulheres - diz Rodolfo Sardenha, psicólogo em férias.
Como gueixas que vestem seus quimonos para seduzir, a Irmandade da Canga se cobre e vai à praia, chocando a modernidade sarada. Com suas Cangas amarradas na cintura, as mulheres dizem sim, eu faltei à academia, não é da sua conta.
Adri, que veraneia em Floripa e trabalha no ramo de hortifrutigranjeiros durante o ano, entrou para a Irmandade mês passado.
-Qual é o problema se as mulheres querem cobrir suas casquinhas de laranja ou suas frondosas laranjeiras?
A Irmandade da Canga tem um sonho. Um dia ela quer conquistar o planeta, nem que seja o Planeta Atlântida. E quem sabe, num futuro distante, as mulheres normais possam ligar a televisão e ver as concorrentes do Miss Universo desfilando de Canga.
A Irmandade da Canga começou timidamente com uma veranista que sentiu falta de um algo a mais para se preservar à beira-mar. Intuitivamente, ela amarrou a toalha da mesa ao redor dos quadris e foi para a praia (o que talvez explique as estampas em 98% dos modelos). Graças a Deus a moda pegou, e hoje a Canga é uma conquista feminina, um antitop model com adeptas de Imbé a Jericoacoara, sem citar as ramificações espalhadas po todo o litoral brasileiro.
Não pense que usar Canga é demodê. Seu comprimento varia de ano para ano, acompanhando as tendências das passarelas internacionais. E se você prestar atenção, vai perceber que a Canga evoluiu muito. Atravessou dunas de areia e abriu caminho para o vestidinho, a sainha, o shortinho e outros inhos que ainda virão. Até a indústria do crochê foi revitalizada, criando novos empregos.
Marina Salgado, presidente da Irmandade da Canga, afirma que por mais que as mulheres criem variações sobre o mesmo tema, a Canga clássica sempre vai ter o seu lugar ao sol.
-É como o disco de vinil, que sobreviveu ao CD e hoje é cultuado por DJs e colecionadores.
Cacá, pertencente à ala mais radical da Irmandade, diz que a sua Canga é uma tatuagem de Henna, pois permanece no corpo durante o verão e sai depois.
-Nada como entrar no mar e sentir a Canga molhando e grudando nas coxas, as franjas fazendo aquela cosquinha gostosa (eu avisei que ela era da ala radical).
A Canga encoraja as mulheres a ir mais longe na caminhada à beira-mar, sem medo de encontrar conhecidos ou colegas de trabalho.
-É impressionante como um pedaço de pano pode dar tanta autoconfiança e liberdade às mulheres - diz Rodolfo Sardenha, psicólogo em férias.
Como gueixas que vestem seus quimonos para seduzir, a Irmandade da Canga se cobre e vai à praia, chocando a modernidade sarada. Com suas Cangas amarradas na cintura, as mulheres dizem sim, eu faltei à academia, não é da sua conta.
Adri, que veraneia em Floripa e trabalha no ramo de hortifrutigranjeiros durante o ano, entrou para a Irmandade mês passado.
-Qual é o problema se as mulheres querem cobrir suas casquinhas de laranja ou suas frondosas laranjeiras?
A Irmandade da Canga tem um sonho. Um dia ela quer conquistar o planeta, nem que seja o Planeta Atlântida. E quem sabe, num futuro distante, as mulheres normais possam ligar a televisão e ver as concorrentes do Miss Universo desfilando de Canga.
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