Nunca confie em um biquíni tomara-que-caia. Quando ele resolve cair, é um deusnosacuda. No caso, quem me acudiu foi a vizinha da espreguiçadeira mais próxima. O sol já estava na saideira, a maioria dos vizinhos também. Eu e meu livro não tínhamos hora pra subir.
De repente, ouvi um TLÉC, seguido de um leve tremor na lycra de cima. Pensei "não pod...". Ouvi o segundo TLÉC, forte e decidido. Não deu tempo de pensar. Segurei meu Haiti esquerdo com a mão direita e, num fio de voz, sussurrei pra vizinha: me ajuda!!!!!
Mulheres são gentis, dão passagem no trânsito e socorrem umas às outras. Ela confirmou o veredito, a presilha do biquíni tinha arrebentado. E alegou que não era muito boa em dar nós. Ora bolas, respondi que eu não era muito boa em striptease. Com as costas quase estranguladas, porém a salvo, peguei o elevador e fugi. Esqueci de contar um detalhe importante. Havia dois vizinhos no meu campo de visão (o que me faz concluir que eu também estava no campo de visão deles). Nunca vou saber se alguém viu eu pagar peitinho. Vinte e quatro horas depois do ocorrido, ainda ninguém me apontou pelos corredores do prédio.
Um comentário:
Amiga, tu podes pagar peitinho! Tudo em cima!!!
Mas é melhor não mostrar ainda, porque pode desvalorizar teu passe na playboy...
bjs
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