Não é só a Gisele e o Pelé que contribuem para o Brasil ter uma imagem melhor no exterior. Sempre que possível, eu faço a minha parte. Como na última sexta-feira.
Fui convocada para uma força-tarefa de entretenimento. Eu estava supercansada, louca para chegar em casa e esquecer a semana. Espertinho, o Ricardo tinha uma carta na manga.
-E se for no Kho Pi Pi?
Well, aí a coisa muda de figura. Passei um batonzinho, ajeitei os cachos e filei um jantar tailandês com os três americanos que ainda estavam sob custódia do maridão. Apesar da língua enferrujadíssima, consegui conversar bastante. Mandei baixar os pratos mais pedidos, supreendi nas sobremesas e mesmo assim levei um puxão de orelha.
É que, mais uma vez, tasquei dois beijinhos nos gringos. Dois beijos vezes duas bochechas cada, multiplicado por 3 – ou seja, houve uma farta distribuição de kisses. É sempre assim. Quando vejo, já foi. O hábito é mais forte que as recomendações.
Definitivamente, eu nunca poderia trabalhar no Itamaraty. Sou uma brasileira calorosa, humana, alegre, efusiva, receptiva e... beijoqueira. Os americanos não estão acostumados com isso, ainda mais na primeira visita ao Brasil. A cara que eles fazem é muito engraçada, um misto de constrangimento e curiosidade. Isso na chegada. Na saída, eles já estão abrasileirados e oferecem suas bochechas para mais uma experiência tropical. Devem chegar na terrinha e contar desse perigoso costume dos nativos.
-It’s a ritual... just as mulheres beijam... I don’t sabia se aquela crazy woman ia morder meu nariz... ou say something no ouvido... ou afastar um bad espírito.
Talvez eu também estranhasse se um aborígene me abordasse de um jeito mais íntimo. Ou se me obrigasse a experimentar sopa de olho (eu escolhi uma comida deliciosa).
Dessa vez, só beijei na chegada. Depois da sobremesa com amêndoa da flor de Lótus ou algo assim, o Ricardo sorriu para mim e falou entre os dentes: sem beijinho.
A despedida foi um good bye chocho na calçada, bem nórdico. Eu me senti uma mal educada. Achei melhor nem apertar a mão, isso sim seria esquisito para uma criatura que beijou antes mesmo de dizer “nice to meet you”.
Eles sorriram cordialmente. Mas posso jurar que vi uma pontinha de decepção. Se falarem que o Brasil não é mais o mesmo, a culpa é do Ricardo.
Fui convocada para uma força-tarefa de entretenimento. Eu estava supercansada, louca para chegar em casa e esquecer a semana. Espertinho, o Ricardo tinha uma carta na manga.
-E se for no Kho Pi Pi?
Well, aí a coisa muda de figura. Passei um batonzinho, ajeitei os cachos e filei um jantar tailandês com os três americanos que ainda estavam sob custódia do maridão. Apesar da língua enferrujadíssima, consegui conversar bastante. Mandei baixar os pratos mais pedidos, supreendi nas sobremesas e mesmo assim levei um puxão de orelha.
É que, mais uma vez, tasquei dois beijinhos nos gringos. Dois beijos vezes duas bochechas cada, multiplicado por 3 – ou seja, houve uma farta distribuição de kisses. É sempre assim. Quando vejo, já foi. O hábito é mais forte que as recomendações.
Definitivamente, eu nunca poderia trabalhar no Itamaraty. Sou uma brasileira calorosa, humana, alegre, efusiva, receptiva e... beijoqueira. Os americanos não estão acostumados com isso, ainda mais na primeira visita ao Brasil. A cara que eles fazem é muito engraçada, um misto de constrangimento e curiosidade. Isso na chegada. Na saída, eles já estão abrasileirados e oferecem suas bochechas para mais uma experiência tropical. Devem chegar na terrinha e contar desse perigoso costume dos nativos.
-It’s a ritual... just as mulheres beijam... I don’t sabia se aquela crazy woman ia morder meu nariz... ou say something no ouvido... ou afastar um bad espírito.
Talvez eu também estranhasse se um aborígene me abordasse de um jeito mais íntimo. Ou se me obrigasse a experimentar sopa de olho (eu escolhi uma comida deliciosa).
Dessa vez, só beijei na chegada. Depois da sobremesa com amêndoa da flor de Lótus ou algo assim, o Ricardo sorriu para mim e falou entre os dentes: sem beijinho.
A despedida foi um good bye chocho na calçada, bem nórdico. Eu me senti uma mal educada. Achei melhor nem apertar a mão, isso sim seria esquisito para uma criatura que beijou antes mesmo de dizer “nice to meet you”.
Eles sorriram cordialmente. Mas posso jurar que vi uma pontinha de decepção. Se falarem que o Brasil não é mais o mesmo, a culpa é do Ricardo.
Um comentário:
Já jantei lá uma vez, anos atrás e ami. Quem sabe, quando formos de novo a Porto Alegre, não vamos nos encontrar lá para jantar???
Eu detesto beijinhos, um dois, três, tenho horror quando vem alguém me cumprimentar assim. Só gosto de beijo na boca, bem úmido e quente, hehe.
Bjs
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