22 de abr. de 2009

O que eu faço agora?

Seguido eu colaboro com a revista Claudia na Seção O que eu faço agora? São perguntas enviadas pelas leitoras, pedindo ajuda para sair de situações saia-justa. Os assuntos variam. Já respondi sobre sexo, trabalho (e os dois juntos), casamento, filhos, vaquinha pra comprar presente de um colega que você não simpatiza e outros dilemas modernos. Quer um exemplo? O que dizer para o mala que pede pra furar a fila do caixa do supermercado, bem na sua frente. Minha resposta foi mais ou menos assim: “Diga que não vai dar, a sogra está indo para sua casa e você (olha pro relógio) tem 5 minutos pra chegar antes e arrumar as camas.”
E agora uma dessas saias-justas aconteceu comigo. Estou com um caroço de manga atravessado na garganta. Pensei em mandar a pergunta, mas como a revista pode devolvê-la para mim, já tenho até a resposta.
Fiquei sabendo que minha vizinha (nossas portas são coladas, veja bem) assediou minha amada Dodô, que cuida da gente há 13 anos. E não foi só uma vez.
-E aí, quando tu vai mudar de porta?
Uma cantada dessas equivale a passar a mão na bunda com toda vontade!!! Fiquei furiosa. Esse tipo de baixaria devia ser proibido pelo estatuto do condomínio.
Aqui está a resposta, só esperando a primeira oportunidade:
-E aí, também vai perguntar pro meu marido se ele quer mudar de porta?
Vou falar isso na frente do marido dela, para a saia rasgar de tão justa. Lembrei da recomendação da querida Sibelle, editora da Claudia. “Tem que ser uma resposta que as leitoras realmente possam usar, hein?” A resposta é usável, só preciso tomar um litro de uísque antes.

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