Faço parte da ala feminina que não morre de amores pelo Dia Internacional da Mulher, apesar de amar o cargo. Se eu pudesse escolher, nasceria de novo mulher. Com as mesmas inseguranças, o mesmíssimo coração mole, o lado direito do cérebro no comando e as eternas insatisfações capilares.
Agora se tem uma coisa que eu implico é com o termo “mulherzinha”. Hoje em dia ele rotula 90% do universo feminino. Tudo é mulherzinha: carro, seriado de TV, música, restaurante - isso é mais irritante do que cinco TPMs juntas.
Por definição gramatical, mulherzinha é uma mulher de pouca estatura. E as brasileiras são baixinhas, como você sabe. O problema é o deboche do Inha. Diminutivo não condiz com o nosso esforço, além de soar pejorativo e cafona. Poderia ser doce como na palavra filhinha. Consegue ser mais falso que o Inha de queridinha. No inglês, tem uma expressão parecida: girlie. Não se iluda, o contexto é igual, um pink caricato com glitter por toda a pele.
Agora eu pergunto: o que é ser mulherzinha? É ser afetada emocionalmente? É ter um útero em miniatura? É ser uma Barbie eternamente em compras? É tomar banho com batom vermelho e escolher uma toalha no mesmo tom?
Mulheres adoram roupa, esmalte, maquiagem, perfume, bolsa, sapato e filme com beijo (assim como os homens curtem esportes, carros, esportes, carros e filmes com sangue). Mas isso ocupa o nosso tempo bem menos do que a gente gostaria.
Desconfio que o termo mulherzinha caiu na boca do povo quando foi associado à vaidade. Para a futilidade, foi um passo. E mesmo que ser mulher fosse só uma questão de beleza e moda, você sabe o trabalhão que dá manter as aparências? Vá administrar o fio branco que grita na sua têmpora, justo no dia em que você resolveu prender o cabelo para se sentir mais bonita. Vá tirar a sobrancelha quando o olho já fecha de sono. E as mudanças hormonais, que brincam com o nosso zíper semana a semana? Se no meio da rotina estafante e do acúmulo de tarefas sobrar um tempinho pra passar corretivo nas olheiras, ninguém tem nada com isso!
No Dia Internacional da Mulher, eu peço esse presente: acabar com o Inha. Não precisa erradicar da face da Terra. Do termo mulherzinha, já está mais do que suficiente.
Agora se tem uma coisa que eu implico é com o termo “mulherzinha”. Hoje em dia ele rotula 90% do universo feminino. Tudo é mulherzinha: carro, seriado de TV, música, restaurante - isso é mais irritante do que cinco TPMs juntas.
Por definição gramatical, mulherzinha é uma mulher de pouca estatura. E as brasileiras são baixinhas, como você sabe. O problema é o deboche do Inha. Diminutivo não condiz com o nosso esforço, além de soar pejorativo e cafona. Poderia ser doce como na palavra filhinha. Consegue ser mais falso que o Inha de queridinha. No inglês, tem uma expressão parecida: girlie. Não se iluda, o contexto é igual, um pink caricato com glitter por toda a pele.
Agora eu pergunto: o que é ser mulherzinha? É ser afetada emocionalmente? É ter um útero em miniatura? É ser uma Barbie eternamente em compras? É tomar banho com batom vermelho e escolher uma toalha no mesmo tom?
Mulheres adoram roupa, esmalte, maquiagem, perfume, bolsa, sapato e filme com beijo (assim como os homens curtem esportes, carros, esportes, carros e filmes com sangue). Mas isso ocupa o nosso tempo bem menos do que a gente gostaria.
Desconfio que o termo mulherzinha caiu na boca do povo quando foi associado à vaidade. Para a futilidade, foi um passo. E mesmo que ser mulher fosse só uma questão de beleza e moda, você sabe o trabalhão que dá manter as aparências? Vá administrar o fio branco que grita na sua têmpora, justo no dia em que você resolveu prender o cabelo para se sentir mais bonita. Vá tirar a sobrancelha quando o olho já fecha de sono. E as mudanças hormonais, que brincam com o nosso zíper semana a semana? Se no meio da rotina estafante e do acúmulo de tarefas sobrar um tempinho pra passar corretivo nas olheiras, ninguém tem nada com isso!
No Dia Internacional da Mulher, eu peço esse presente: acabar com o Inha. Não precisa erradicar da face da Terra. Do termo mulherzinha, já está mais do que suficiente.
4 comentários:
MAGALI
Eu não gosto do inha também não...acho pequeno, mesquinho,mas já fiz uso do mulherzinha sentido da frescura( hj quero ser mulherzinha me enfeitar, ir as compras , e coisa e tal), mas não gosto de forma aluma desse inha e não só me refiro a mulherzinha , mas coleguinha, detesto, fico pra morrer quando se referem a mim com esse termo, acho pejorativo...
mas enfim espero que acabem mesmo...com as inhas
beijos
Realmente, este termo não se aplica a ti, um MULHERÃO daqueles, hehe.
Linda, goxxxtosa e talentosa. Saudades.
Bjs
Oi Maga, eu entendo o teu ponto de vista e como diz o comentário aí de cima acho que o "Inha" não combina contigo. Mas tem situações e pessoas que o "inha" funciona pra mim...colocar a aparência em primeiro lugar, sem muito conteúdo, fingindo tem 6 anos de idade.
não sei....boboró pra nós! :)
Ihhh, acho que eu não tenho nenhum problema com o termo não... Que estranho !! Acho até adequado.
Me passa a idéia de frescurinhas de mulher, teimosia de menina, essas coisas que a gente tem. E a gente tem!
Não que elas sejam erradas, fazem parte da nossa personalidade e nosso charme, mas me parecem mais caprichos, futilidades mesmo. Então são meio contraditórias com o conceito mulher-coragem, querreiras, que enfrentam a dupla jornada com maestria e competência.
Eu não me ofendo com o termo "mulherzinha", mas acho que é pejorativo sim. Mas serve para é diferenciar os dois lados da mesma moeda: quando a gente está tratando de assuntos sérios, profundos, emocionais, mostrando de que material somos feitas, e quando a gente está só usufruindo e alimentando a alma com toda essa parafernália feminina que temos à nossa disposição.
Taí, vou pensar mais sobre isso.
Beijinhos,
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