14 de abr. de 2009

Que saco botar gasolina

Não foi dessa vez que eu fiquei sem gasolina. Mas passou raspando. E olha que eu não era assim. Sempre tive medo de ficar na mão. Numa rua deserta, numa noite de lua cheia. Quando eu via alguém com aquela sacolinha plástica buscando combustível com cara de resignado, eu pensava: coitado!!
Coitado, nada. Nos carros de hoje, não tem como ser desligado. A luz acende, o dispositivo apita, o chassi fala "eu avisei, hein". Tirando falta de dinheiro, que ninguém tá livre, a causa geralmente é (com o perdão do trocadilho) autoconfiança. Quem carrega a sacolinha plástica confiou demais no próprio taco. Achou que dava pra ir mais um pouco. Só uma quadra. Mais uma. Levou fé na rua seguinte. Dobrou a esquina e o carro não apagou. Resmungou que esses marcadores nunca marcam direito. Deixou pra abastecer na volta. No dia seguinte.
Minha outra teoria é que colocar gasolina é muito chato. Tipo passar fio dental. Ou pegar correspondência. Tem horas em que o ser humano se rebela.

Um comentário:

Cris Francioni disse...

Por que a gente á assim????
Eu sempre deixo na unha, combino comigo mesma que coloco na volta, na ida, na outra volta...
Sempre me fio que a reserva ainda tem uns 7 litros ou será 20? Talvez 45?
hahahaha
Que bom, alguém que autoconfiante ou perigosa, como eu!
Saudades, Magalita!!!!
Beijos, beijos, beijos