3 de jun. de 2010

Constrangimento

A mulher do caixa olhou pra mim com certo ar de reprovação e disse pra fila inteira ouvir:
-Cartão inválido.
Fiz o que todo mundo faz numa hora dessas. Fiquei com cara de tacho, franzi a sobrancelha e repeti o chavão:
-Mas como?! Não sei o que aconteceu!
Rapidamente, abri a carteira e paguei com dinheiro. Sorte que haviam notas, geralmente tem só pedaços de papel. Eu pago 99% das compras com plastiquinho, minha vida mudou desde o dia em que descobri qual era a senha pra débito. Mastercard e Visa são os meus melhores amigos. Nem carrego mais talão na bolsa, 2 ou 3 folhinhas de cheque por precaução. E uns pilas, coisa pouca. E é isso que recebo em troca? O constrangimento em via pública?
Essas maquininhas de cartão estão ficando desaforadas. Agora tem uma outra, a tal de Cielo, já reparou? Acho que foi uma dessas que duvidou da minha índole financeira. Era noite, fim de expediente. Eu podia estar parecendo uma louca cansada, mas nunca uma trambiqueira.
Pior é que no dia seguinte a cena repetiu: cartão inválido, cara de tacho, sobrancelha franzida, mas como?, não sei o que aconteceu.
Amanhã vou no banco. Alguém tem que examinar o dito cujo. Dinheiro, tem. Moral, gastei toda.

Foto: Flickr

Um comentário:

Ramires disse...

Ah já passei com isso e exatamente com esta tal "Cielo". Disse a moça que estas vão substituir todas as outras mas ela mesmo disse que elas funcionam com vontade própria, ou seja, se você passou as duas vezes nesta maquininha pode ser erro da dita cuja mesmo.
Beijo!