30 de abr. de 2009

Cota de sorte

Não foi dessa vez que eu ganhei um carro numa promoção. E eu mentalizei tanto. Passava pelos outdoors do shopping e mandava um saravá do bem. Aquele PalioWeekend ia cair do céu, direto na minha garagem!
Agora está comprovado cientificamente. Gastei toda a minha cota de sorte em sorteios de objetos que se locomovem graças a uma quermesse de colégio, quando ganhei a bicicleta mais poderosa da época: uma magnífica Monark Tigrão. Eu devia ter 8 ou 9 anos e saí da festa com o prêmio mais cobiçado de todos. Lembro da bicicleta no meio da sala, eu de pijama embasbacada.
Imagine o sucesso que a Monark Tigrão fez na praia. As primas e os irmãos aguardavam em fila para dar uma voltinha. Eu deixava, claro, mas lembrava a todos que aquela tetéia era minha. Naquele verão, eu fui a Paris Hilton de Imbé. Era coisa de rico ter uma bicicleta tão chique, e eu tinha ganhado!! Muitas piruetas nós duas fizemos no gramado na frente da casa da vó. A Monark Tigrão era roxa, ousadíssima, com o banco comprido e laranja. Praticamente uma Harley Davidson. Aquela, sim, caiu do céu.
Eu era inocente demais para entender que isso não acontece muitas vezes na vida. Para completar, logo depois meu pai ganhou uma Brasília verde-garrafa num sorteio de dentistas. Lá em cima, alguém deve ter cruzado os nossos nomes e descoberto o grau de parentesco. Me ralei na hora. Se eu ainda tinha alguma chance de ser sorteada com um carro no futuro, gastei o pinguinho restante de sorte por tabela.
Sigo de olho nas promoções. Quem sabe mudando de prêmios, eu reverta a situação.

Um comentário:

Márcia Gonçalves disse...

Eu lembro da Monark Tigrão e da Brasilia verde-garrafa! hahaha Bons tempos mesmo!!
bjs