Mantenho uma relação de amor e ódio com a minha placa. Acordo várias vezes pra arrancar a maldita da boca. De manhã, é aquele jogo de esconde-esconde. Ela pode ter parado embaixo do travesseiro ou da cama, estar camuflada no lençol ou até fora dos limites do quarto, comprovando que tenho meus momentos de sonambulismo. Se perco o sono, boto a culpa na placa. Se não consigo dormir, boto a placa e durmo.
Não é que ela funciona? Eu olho para o estojo da placa e já relaxo. Sinto sua falta no trânsito e no trabalho. Quando as bruxas estão à solta, acordam o bruxismo. Às vezes dá vontade de usar a placa na agência. E apresentar vários roteiros. Com cliente na reunião. Ia ser uma cena engraçada.
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